Pielonefrite: saiba mais sobre o que hospitalizou Flávia Pavanelli

A influenciadora de beleza Flávia Pavanelli foi hospitalizada e diagnosticada com pielonefrite. Em sua conta oficial no Instagram, a influenciadora utilizou o feed para informar aos seguidores e admiradores de seu trabalho que, na última quinta-feira (26), ela foi diagnosticada com a doença.

"Um final de semana um pouquinho diferente... na quinta-feira fui diagnosticada com pielonefrite depois de alguns dias achando que era só uma dor muscular", escreveu Flávia em um trecho do comunicado oficial.

O que é pielonefrite

Em artigo publicado no MD.Saúde. O Dr.Pedro Pinheiro, especialista em Medicina Interna e Nefrologia explica que, a pielonefrite é uma infecção renal provocada pela ação de bactérias nos rins. Tal infecção, pode ser potencialmente grave, tendo em vista que ataca um órgão vital.

Ela pode se manifestar de repente, de forma aguda, ou até mesmo se tornar crônica depois de algum episódio anterior. Neste último caso, também há preocupação com a formação de cicatrizes nos rins. Pois elas podem levar à perda parcial da função renal.

Se não for tratada corretamente e no tempo esperado, a pielonefrite pode evoluir à sepse e falência de múltiplos órgãos. No entanto, atualmente a maioria dos casos responde positivamente ao tratamento.

Quais são as causas

Geralmente esta infecção renal acontece de duas maneiras. A mais comum é quando bactérias da bexiga alcançam os ureteres e conseguem alcançar os rins. Isto normalmente acontece nas cistites não tratadas ou tratadas de modo inadequado.

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Em outros casos, a colonização assintomática da bexiga por bactérias pode gerar uma pielonefrite. Ou seja, o paciente possui bactérias na bexiga, porém, não apresenta sintomas, porque os germes estão apenas colonizando o órgão, sem atacar.

Sendo assim, nem todos os pacientes apresentam sintomas da doença. Esta infecção assintomática da bexiga também é chamada de bacteriúria assintomática. Além disso, vale destacar que esse quadro quase sempre diz respeito aos pacientes com algum grau de imunossupressão ou que estão numa situação pós cirúrgica de trato urinário.

A pielonefrite também pode ocorrer pelo sangue. Isto é, quando uma bactéria que está provocando infecção em algum local do corpo se locomove pela corrente sanguínea e se acomoda em um dos rins. Ademais, podem ser incluídas como causas o uso de cateteres vesicais, cálculo renal, anormalidades anatômicas do trato urinário e doenças da próstata que provocam obstrução do fluxo da urina.

Pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como diabéticos, insuficientes renais, cirróticos, portadores do vírus HIV ou usuários de medicamentos imunossupressores, tendem a apresentar um maior risco de apresentarem uma cistite que evolua para pielonefrite.

Sintomas 

Como vimos acima, algumas pessoas apresentam quadro assintomático. Contudo, quando não, podem apresentar alguns sintomas, como:

• Febre;
• Dor lombar;
• Náuseas;
• Vômitos.

Não obstante, em outros casos podem acontecer sintomas de cistite. Assim, o paciente manifestará:

• Dor ao urinar;
• Vontade de ir ao banheiro com frequência (mesmo com bexiga vazia);
• Em casos raros, há pesença de sangue na urina.

Dito isso, é interessante saber também que a pielonefrite possui três categorias. São elas:

Pielonefrite aguda não complicada

Acontece geralmente em mulheres jovens, sem antecedentes de doenças ou alterações na anatomia do sistema urinário. Neste caso, é comum haver febre, calafrios, náuseas, vômitos e dor lombar. Ou então, sintomas de cistite.

Pielonefrite aguda complicada

A pielonefrite complicada evolui com abscesso dentro ou ao redor dos rins, necrose da papila renal ou produção de gases dentro de um dos rins.

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Estes casos costumam acontecer com indivíduos com obstrução do trato urinário, bactérias resistentes aos antibióticos ou em diabéticos. 

Pielonefrite crônica

É quando a infecção urinária acontece de forma recorrente. Ela costuma estar associada a malformações urinárias, obstruções por cálculo renal ou refluxo vesico-ureteral (quando a urina da bexiga retorna para o ureter e rins).

A pielonefrite crônica costuma trazer uma outra preocupação já mencionada anteriormente. Costuma levar à cicatrização dos rins, podendo gerar uma insuficiência renal crônica, principalmente em crianças com refluxo urinário.

Tratamento

O tratamento costuma ocorrer de modo intra-hospital e com antibióticos intravenosos. Contudo, se o paciente apresentar boa saúde e bom estado geral, é possível que ele receba somente a primeira dose por via intravenosa e depois complete o tratamento com antibióticos por via oral.

Geralmente, o paciente fica bastante debilitado nos três primeiros dias de internação, que acabam sendo necessários para o controle da infecção. 

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Em quadros de pielonefrite crônica, é fundamental uma avaliação do urologista. Acontece que, o paciente pode precisar passar por uma cirurgia de correção de alguma anormalidade anatômica do sistema urinário que esteja piorando a infecção renal. 

Para encerrar, é preciso ser sabido que a pielonefrite não é uma doença contagiosa, assim, não há risco de contaminação. Além disso, por enquanto ela continua sendo erradicada através de antibióticos. Logo, medicamentos diferentes desses, só irão trazer um alívio temporário de sintomas. 

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