Está provado que a companhia dos bichos de estimação ajuda a prolongar a vida das pessoas. Crianças deficientes também recebem benefício dos animais.
Redação | 27 de Fevereiro de 2019 às 13:00
Pets de estimação podem devolver às pessoas a vontade de viver. E vice-versa. Mas os bichos de estimação também precisam de atenção, pois eles sentem a perda do ente querido e sofrem com isso.
De fato, ter animais em casa ajuda-nos a descontrair e sentirmo-nos acompanhados. Mas na realidade, eles fazem muito mais que isso — está provado que os pets de estimação são benéficos para a saúde. Um estudo feito no EUA procurou saber quais os fatores sociais e psicológicos que mais influenciaram as pessoas que tinham estado hospitalizadas com doenças coronárias. De todas as variáveis estudadas — sexo , raça, idade, situação econômica e isolamento social —, ter um animal foi a de maior influência no prolongamento da vida do doente. Das pessoas que não possuíam animais, 28% morreram ao fim de um ano, contra apenas 6% das que tinham.
Os assistentes sociais há muito se deram conta do papel que os pets podem desempenhar como companhia para pessoas solitárias. Eles transmitem autoconfiança aos inseguros e servem como terapia ocupacional para quem nada tem para fazer. Na Inglaterra do séc. XVIII, o York Retreat — um hospício excepcionalmente avançado para a época — entregava aos cuidados dos pacientes internados pequenos animais. Tanto coelhos como galinhas. Ter seres dependentes dava-lhes uma sensação de importância e responsabilidade.
Nos últimos anos, aliás, alguns médicos começaram a usar animais como terapia para deficientes físicos e mentais, em especial crianças, doentes psiquiátrico e idosos. A Pro Dogs (acesse o site), uma instituição de caridade britânica, passou a organizar “visitas” de cães aos doentes acamados. Hoje, sob o patrocínio da fundação Animais Como Terapia, mais de 4.500 donos de cães levam seus pets aos hospitais. Assim, alguns doentes são estimulados a brincar e relacionar-se com eles, como parte do tratamento. As visitas são muito benéficas para os doentes fóbicos e introvertidos. Assim como para os pacientes dependentes de tóxicos sob tratamento.
Em vários países, como os EUA e a Grã-Bretanha, uma terapia já bastante usada com crianças deficientes é a equitação. Quando crianças com paralisia cerebral, por exemplo, são colocadas em cima de um pônei, o mundo torna-se repentinamente muito mais excitante. Com o tempo, ao aprenderem a dominar um cavalo ou um pônei, adquirem muitas vezes a capacidade de controlar os próprios corpos.
As crianças deficientes mentais também ganham com a comunicação e o contato físico com um animal em termos de sociabilidade. Ter outro ser para amar e cuidar torna-se uma razão para viver, mesmo para os desesperados e solitários.
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