Entenda o caso da paciente que foi internada com falta de ar e foi diagnosticada com Síndrome de Urina Roxa.
Nos Estados Unidos, o caso de uma paciente de 76 anos vem chamando atenção dos médicos. Internada no Centro Médico Pikeville, no estado de Kentucky, a senhora - que não teve sua identidade divulgada - apresentou uma condição de efeito colateral rara, conhecida como Urina Roxa.
A estadunidense foi internada para tratar uma lesão aguda no coração, encontrada através de exames de imagem que investigavam problemas de falta de ar. Além de insuficiência cardíaca, ela também apresenta histórico de doença renal crônica e câncer de bexiga. A paciente também apresentava constipação.
Para administrar um medicamento diurético, a equipe do Departamento de Nefrologia inseriu uma sonda na uretra da paciente. Quatro dias depois, os médicos que a acompanhavam notaram que a urina retida na bolsa apresentava coloração arroxeada e diagnosticaram a Síndrome da Bolsa de Urina Roxa.
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O que significa a urina roxa?
A Síndrome da Urina Roxa é uma condição rara. Segundo os médicos, é uma forte indicação de infecção bacteriana no trato urinário. Ela ocorre quando a urina passa do cateter vesical para a bolsa coletora e acomete, principalmente, pacientes que estão fazendo uso de sonda vesical por longos períodos ou acamados.
No entanto, é importante ressaltar que a urina com cor roxa não sai do corpo, como se imagina. A coloração é gerada através de uma reação química que envolve o material da bolsa que recebe o xixi do paciente, as bactérias e a urina alcalina.
“A urina que entra no cateter é de cor normal, mas a coloração roxa logo aparece devido ao desenvolvimento de índigo (azul) e indirubina (vermelho) pela presença de bactérias urinárias. Esses pigmentos interagem com o material plástico da bolsa do cateter e do tubo e produzem a coloração púrpura”, explicam estudiosos.
Já houve um caso no Brasil
A condição foi identificada pela primeira vez em 1978. E, segundo pesquisas, afeta entre 8% a 42% dos indivíduos que passam por longos períodos com cateteres. No Brasil, apenas no ano de 2016, foi descrito o caso de uma outra idosa, de 83 anos, que também havia sido internada por conta de problemas de coração. O caso foi identificado pela equipe da Escola Paulista de Medicina (EPM), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
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