Descubra se o Ozempic aumenta as chances de você ter câncer e tome cuidado com o uso indevido.
Luana Viard | 17 de Junho de 2024 às 17:30
O Ozempic (semaglutida) se tornou um nome popular no cenário da saúde, especialmente no combate à diabetes tipo 2 e à obesidade. No entanto, preocupações com o seu potencial risco de desenvolver câncer surgiram, gerando dúvidas e incertezas entre pacientes e profissionais da área médica.
Vale lembrar que o medicamento deve ser usado com acompanhamento médico, ele pode oferecer efeitos colaterais bem desagradáveis como diarreia ou constipação. Além disso, complicações maiores podem acontecer e a orientação de um profissional é indispensável.
"Alguns estudos observacionais encontraram um aumento de incidência de tipos mais comuns de câncer de tireoide em pessoas que usaram semaglutida, enquanto outros não chegaram a esse resultado. Portanto, não existe estudo clínico que comprove uma relação causal entre semaglutida e câncer de tireoide em humanos.", explica a endocrinologista Ana Flávia Torquato ao site Viva Bem UOL.
Especialistas em saúde apontam que os resultados dos estudos precisam ser analisados com cautela. Eles alertam para a necessidade de mais pesquisas robustas e de longo prazo para determinar com precisão a relação causal entre o Ozempic e o desenvolvimento de câncer.
Sabe-se que o remédio pode ser útil para controle de obesidade e diabetes, profissionais apontam que o controle desses quadros pode trazer outras melhorias para a saúde. Segundo Lívia Lugarinho, diretora do departamento de obesidade da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), o controle do diabetes e da obesidade feito através do medicamento, pode causar melhorias de outras enfermidades que são agravadas pelo sobrepeso, como a gordura no fígado, síndrome dos ovários policísticos e doenças ortopédicas.
"Não quer dizer que a medicação seja aprovada para esse fim, mas espera-se benefícios com o controle do peso. A semaglutina foi a primeira substância, das medicações para tratamento de obesidade, que mostrou uma redução de 20% de morte por doença cardiovascular, e isso foi revolucionário. Se isso foi apenas pelo controle da gordura ou glicemia, ou por algum outro fator a mais, ainda não se sabe, mas eu, pessoalmente, acredito que não seja só pelo controle de diabetes e obesidade.", explica Lívia Lugarinho.
Embora a relação entre o Ozempic e o câncer ainda esteja em investigação, é crucial considerar os fatores de risco individuais de cada paciente antes de iniciar o tratamento. Histórico familiar de tumores, tabagismo e consumo excessivo de álcool são alguns dos fatores que podem influenciar o risco.
O acompanhamento médico rigoroso durante o tratamento com Ozempic é indispensável! Médicos e pacientes devem estar atentos a qualquer sinal ou sintoma que possa indicar o desenvolvimento de câncer, permitindo o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
As informações são do site Viva Bem UOL.
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