Especialista com 40 anos de atuação explica a relação entre silicone e câncer de mama.
O Outubro Rosa é uma campanha fundamental para a conscientização sobre câncer de mama e de colo de útero, especialmente ressaltando a importância da prevenção e detecção precoce. Dessa forma, é essencial estar ciente dos sinais e fatores que influenciam o desenvolvimento do problema.
Mas será que o implante de silicones é um desses fatores associados ao câncer de mama? Tire essa e outras dúvidas a seguir.
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Saiba a relação entre silicone e câncer de mama
Bem, evidências disponíveis para os especialistas demonstram que, de forma geral, não há ligação entre o implante de silicone e aumento das chances de desenvolver câncer de mama. Para o cirurgião plástico membro e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Dr. Luiz Haroldo Pereira, os cuidados de antes da cirurgia para aumento dos seios são um ponto importante na detecção do tumor.
“O percentual é bem pequeno. Porque são pacientes que passaram pelo pré-operatório, em que estudamos radiologicamente as mamas. Então muitas vezes conseguimos detectar algo precoce antes dos implantes. Existem estudos que alegam que a proporção é inclusive menor em pacientes com próteses, mas de modo geral, não tem ligação comprovada”, explicou o médico.
No entanto, existe uma condição chamada de linfoma de grandes células da mama que pode estar associada aos implantes e que é muito rara de acontecer, mas que ainda precisa de mais estudos.
Além disso, é primordial destacar que o silicone não atrapalha o diagnóstico, basta sinalizar a presença do material que exames de rotina podem ser realizados normalmente. Apenas no caso do diagnóstico confirmado é que a retirada do implante torna-se necessária.
E o silicone pós reconstrução?
Uma das formas de tratamento para o câncer de mama consiste na remoção cirúrgica, de diferentes tipos. Ela pode ser feita em somente parte do tecido mamário ou ser radical, removendo toda a mama da paciente. Assim, muitas mulheres acabam tendo auto estima prejudicada, mas há a possibilidade de restauração da aparência através da reconstrução da mama. Em alguns casos há ainda a aplicação de uma prótese para recuperar a região e a auto estima da paciente.
Segundo o especialista, a reconstrução já pode ser feita simultaneamente à remoção. E as pacientes que precisaram remover a prótese para fazer o tratamento podem decidir colocá-la novamente.
“De modo geral, as reconstruções são feitas ao mesmo tempo. Você tira a lesão e já reconstrói. Se a mama foi muito retirada, colocamos um expansor para manter a pele e muitas vezes já podemos colocar uma prótese embaixo do músculo, em casos mais brandos”.
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