Qualquer som acima de 85 decibéis – dos cortadores de grama e do trânsito pesado à música tocada aos berros – é uma ameaça à audição,
Redação | 27 de Abril de 2019 às 19:00
Qualquer som acima de 85 decibéis – dos cortadores de grama e do trânsito pesado à música tocada aos berros – é uma ameaça à audição, principalmente quando a exposição é longa ou repetida. Isso acontece porque o som alto pode lesionar ou matar as células ciliadas do ouvido interno, envolvidas no envio de sinais sonoros ao cérebro.
Quanto mais alto o barulho, menos tempo se pode ficar perto da fonte antes que haja prejuízo à sua audição. Como a maioria de nós não anda por aí com decibelímetros, recorra ao seguinte macete: se tiver de levantar a voz para ser ouvido por alguém à distância de um braço, há potencial de dano.
Em termos ideais, reduza o barulho, vá para um ambiente mais silencioso ou use proteção, como tampões de ouvido ou abafadores de ruído.
Ouvir música com fones de ouvido é uma causa comum de perda auditiva. Muitos celulares e aparelhos de música portáteis podem produzir sons de 100 decibéis ou mais. Alguns avisam quando você excede o nível de segurança. Se o seu não avisar, mantenha a regulagem abaixo do volume máximo.
Mas o ruído ensurdecedor não é o culpado de todas as perdas auditivas. Às vezes, a raiz do problema é uma lesão subjacente, como um tímpano rompido. Além disso, o ouvido interno pode simplesmente se deteriorar com a idade – e esse problema não há como prevenir.
Se desconfiar que está perdendo audição, procure um otorrinolaringologista. Um aparelho de audição pode melhorar bastante sua capacidade, ainda mais quando a dificuldade for entender a fala.
Pode ser preciso se acostumar com a tecnologia em si, “porque o cérebro tem de se reajustar”, explica a Dra. Gemma Twitchen, audiologista-chefe da Action on Hearing Loss, entidade britânica sem fins lucrativos com sede em Londres. “A pesquisa mostra que é muito mais fácil quando a pessoa age para avaliar a audição assim que percebe que esta se reduziu.”
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Os aparelhos auditivos vêm melhorando em termos de conforto, aparência e qualidade do som. Hoje há modelos minúsculos e quase invisíveis.
Outra possível consequência da idade ou da exposição ao ruído é o tinido. Esse tilintar, zumbido, sibilado ou ribombo fantasma costuma ser causado pelo cérebro compensando a falta de sinal sonoro ou pelas células ciliadas do ouvido que lhe enviam sinais aleatórios.
O tinido pode sumir, mas algumas pessoas convivem com ele a vida inteira. Embora a doença afete as pessoas de forma diferente, insônia, estresse, irritabilidade e dificuldade de concentração são algumas repercussões possíveis.
Se seu tinido vem com perda de audição – e é comum os dois problemas surgirem juntos –, então o aparelho auditivo pode aliviá-lo dando ao cérebro sons externos em que se concentrar. Outro aparelho que pode ajudar é o gerador de som, que emite um suave ruído branco que suprime o tinido.
Apesar de não haver como curar totalmente a perda de audição e o tinido ligados à idade ou ao ruído, os estudos mostram que abordar logo o problema previne o desenvolvimento de isolamento social, depressão ou demência, principalmente porque melhora o estado de espírito, a independência e a capacidade de interagir com os outros.