Essa doença autoimune foi um impeditivo para a apresentadora ter mais filhos.
Luana Viard | 14 de Agosto de 2024 às 15:00
Adriane Galisteu, aos 51 anos, revelou que seu desejo de ampliar a família foi interrompido pela descoberta de uma doença autoimune. A revelação aconteceu durante o documentário Barras Invisíveis, que estreiou nesta terça-feira (13) no Universal+.
No programa, a apresentadora, mãe de Vittorio, de 13 anos, fruto de seu casamento com Alexandre Iódice, expressa seu arrependimento por não ter tido mais filhos. A atriz esclarece que a principal razão para não ter tido outro filho foi uma doença autoimune chamada otosclerose. Afinal, o que é essa doença?
A otosclerose é uma doença autoimune que causa uma produção anormal de tecido ósseo no ouvido médio, afetando principalmente o estribo, um dos pequenos ossos do ouvido responsável pela transmissão do som. Esse tecido ósseo em excesso interfere no movimento do estribo, o que resulta em uma perda auditiva progressiva.
Segundo a Rede D'or, os principais sintomas dessa doença autoimune são: perda progressiva da audição, em apenas um dos lados ou em ambos os lados do corpo, zumbido nos ouvidos, tontura e dificuldades de equilíbrio.
Adriane revelou que, quando foi diagnosticada, o médico a alertou sobre os riscos associados ao aumento dos níveis de hormônios femininos durante a gravidez, que poderiam afetar sua audição. O especialista recomendou que ela evitasse o uso de hormônios femininos para prevenir a progressão da doença e a possível perda completa da audição.
“Tem gente que perde a audição em 1 ano e tem gente que perde em 30 anos, e eu não sei como vai ser [...] Se isso for real, porque assim alguns médicos seguem essa linha e outros não. Se isso for real, eu nem quero ficar grávida, porque eu não quero correr o risco de perder o outro ouvido… Eu não posso arriscar pelo tempo, pelo meu trabalho e pela minha saúde. Eu me sinto muito bem para gerar um filho e ser mãe de novo, me sinto inteira pra isso. Apesar de ter 50, eu juro que estou falando sério.", revelou a empresária durante nova consulta médica ao longo do documentário.
Adriane revelou que o diagnóstico foi um grande fator decisivo para não ter mais filhos. “Eu me conheço muito bem, se eu não tivesse passado por isso eu já teria ficado grávida, pelo menos mais um filho eu teria. Eu dou um passo para frente e dois para trás. Por quê? Por causa dessa questão, eu já falei com alguns médicos, não tem uma ordem. Tem gente que perde a audição em um ano e tem gente que perde em 30 anos, e eu não sei como vai ser,” completou Galisteu.
Segundo a rede de saúde MaterDei, o diagnóstico de otosclerose é baseado na história clínica e em exames adicionais, como a audiometria, que avalia a capacidade auditiva. Os resultados podem indicar hipoacusia de condução (dificuldade para o som chegar ao ouvido interno) ou hipoacusia neurossensorial (quando a condição afeta o ouvido interno).
A impedanciometria, que verifica se o estribo está fixo, pode mostrar uma curva tipo "AS" e a ausência do reflexo do estribo, sinalizando um sistema tímpano-ossicular rígido, o que indica que o estribo está fixado. Em casos suspeitos de Otosclerose Coclear, pode ser necessário realizar uma tomografia computadorizada do ouvido.
O tratamento varia conforme a fase da doença. Na fase otospongiótica, o tratamento é clínico, envolvendo o uso de flúor e cálcio. Já na fase otosclerótica, o tratamento é cirúrgico, podendo incluir estapedectomia ou estapedotomia. Para os casos em que a cirurgia é contraindicada, recomenda-se o uso de aparelhos auditivos, conhecidos como "aparelhos de amplificação sonora individual" (AASI).
Se você suspeita que pode ter otosclerose, é essencial consultar um especialista para obter um diagnóstico preciso e explorar as melhores opções de tratamento.
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