Esforçar-se para comer de maneira saudável pode, ironicamente, se tornar uma obsessão. Pessoas com esse problema, conhecido como ortorexia nervosa, são
Julia Monsores | 5 de Novembro de 2019 às 14:00
Esforçar-se para comer de maneira saudável pode, ironicamente, se tornar uma obsessão. Pessoas com esse problema, conhecido como ortorexia nervosa, são fixadas em consumir alimentos “puros”, “limpos” ou “saudáveis” – ao ponto de comprometer a saúde. Elas podem, por exemplo, ficar desnutridas.
“Isso porque, à medida que o distúrbio progride, os pacientes geralmente se tornam cada vez mais restritivos quanto ao que comem”, diz Sarah McComb, estudante de psicologia da Universidade de York, em Toronto. “Alguns cortam grupos inteiros de alimentos ou gorduras ou carboidratos.”
A ortorexia ainda não está listada nos manuais de psiquiatria, mas se encontra descrita nos periódicos científicos. McComb e sua supervisora, Jennifer Mills, recentemente publicaram uma revisão das pesquisas feitas até o presente sobre os possíveis fatores de risco mais confiavelmente associados à ortorexia. Estes incluíram perfeccionismo, dieta, traços obsessivo-compulsivos, lutas com relação à saúde mental e percepção ruim da imagem corporal. Curiosamente, e ao contrário de muitos outros transtornos alimentares, o gênero não parece afetar o risco.
Os sinais de alerta para ortorexia incluem gastar muitas horas por dia planejando e preparando refeições, perder peso involuntariamente, hábitos alimentares que interferem nos relacionamentos pessoais e sentir-se angustiado quando você não sabe exatamente como a refeição foi feita e o que ela contém.
“Se você se vê fazendo essas coisas, então pode ser um bom momento para falar com um profissional de saúde mental”, diz McComb.