OMS avalia inclusão de remédios contra obesidade em lista de medicamentos essenciais

A proposta para a inclusão dos medicamentos foi feita por três médicos e um pesquisador dos Estados Unidos. Conselheiros da OMS avaliam a possibilidade

Rafaella Gazzaneo | 30 de Março de 2023 às 17:00

- Doucefleur/istock

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia a possibilidade de incluir remédios para o tratamento da obesidade em sua lista de medicamentos essenciais, que é usada para orientar as decisões de compra de governos em países de baixa e média rendas.

Conselheiros da entidade avaliarão, nos próximos meses, os pedidos para a incorporação de novos medicamentos à lista internacional, cuja divulgação está prevista para ocorrer em setembro. O documento é usado como um guia na tomada de decisões de saúde pública.

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O pedido foi feito por três médicos e um pesquisador dos Estados Unidos e inclui o princípio ativo liraglutida, cujo nome comercial do remédio para obesidade é Saxenda da farmacêutica Novo Nordisk. Ele perderá a patente em breve, o que facilita a produção de versões genéricas mais baratas.

Estimativa ao redor do mundo

Especialistas avaliam se o "sinal verde" da OMS poderia abrir caminho para a inclusão de medicamentos mais modernos, como o Wegovy, uma versão do Ozempic com indicação correta e cientificamente comprovada para o combate a obesidade.

A obesidade e o sobrepeso são definidos como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta risco à saúde. Estima-se que mais de 650 milhões de adultos em todo o mundo são obesos e outros 1,3 bilhão estão acima do peso.

Solução ou problema?

Segundo informações da agência Reuters, sete em cada dez pessoas desses grupos citados acima, ou seja 70% dele, vivem em países de baixa e média renda. Ainda segundo a Reuters, a decisão de incluir o Saxenda e eventuais genéricos na lista marcaria uma nova abordagem da OMS para o problema da obesidade em todo o mundo.

Por outro lado, alguns especialistas questionam a inclusão de remédios para a perda de peso de forma ampla, como solução para um cenário tão complexo. De qualquer forma, acreditamos que poderia ser uma alternativa para que muitas pessoas parassem de usar semaglutida entre outros medicamentos não indicados para a perda de peso, com esse objetivo.


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