Omeprazol: entenda por que médicos estão deixando de receitar o medicamento

Saiba o motivo pelo qual o uso contínuo do omeprazol pode representar riscos para a saúde e é preciso cautela no consumo deste remédio.

Thyago Soares | 15 de Outubro de 2025 às 09:00

Apesar de ser tido como um aliado da saúde, o omeprazol não deve ser consumido sem acompanhamento profissional. - Reprodução / Freepik

O omeprazol é visto como uma forma eficaz de proteger o estômago, garantir conforto e com poucos riscos para a saúde, o que o tornou parte da rotina de muita gente. Porém, nos últimos meses, especialistas vem recomendando limitar o consumo deste medicamento devido a reavaliação de possíveis riscos com o seu uso a longo prazo.

O que o omeprazol faz e por que era tão usado

O omeprazol faz parte da classe dos inibidores da bomba de prótons, uma classe de medicamentos que reduzem drasticamente a produção de ácido no estômago ao inibir a enzima H⁺/K⁺-ATPase nas células parietais gástricas. Esse efeito torna o remédio bastante eficaz para tratar gastrite, refluxo gastroesofágico, úlceras gástricas e duodenais, além de proteger o estômago de lesões provocadas por anti-inflamatórios. 

Como citamos, o omeprazol foi por muitos anos, foi uma das principais armas da medicina devido ao seu poder em aliviar sintomas e favorecer a cicatrização do tecido gástrico danificado. No entanto, à medida que o seu uso se tornou algo habitual e muitos pacientes permaneceram em tratamento por longos períodos, começaram a surgir sinais de que “proteção gástrica contínua” não é isenta de consequências.

RELACIONADAS

20 frases de boa noite românticas e curtas para mandar no WhatsApp

'Celebridade': Saiba quem matou Queiroz e relembre final da novela

Jade Picon muda o visual para a nova novela das nove

Riscos e efeitos detectados com uso prolongado

Profissionais da saúde e pesquisam trouxeram à tona várias implicações negativas do uso crônico de omeprazol. Entre os efeitos mais citados estão as deficiências nutricionais, uma vez que o uso contínuo pode comprometer a absorção de ferro, cálcio, magnésio e vitamina B12, implicando fadiga, cãibras, anemia e risco de osteopenia/osteoporose.

Outros efeitos apontados são infecções intestinais, devido ao pH elevado do estômago, que favorece proliferação de bactérias como Clostridioides difficile, responsável por diarreias graves, e o SIBO, conhecido como supercrescimento bacteriano no intestino delgado, que ocorre por conta da diminuição do ácido gástrico, facilitando a colonização bacteriana onde normalmente isso não ocorreria.

Essas descobertas reforçam o aviso de que o omeprazol não deve ser um medicamento para “uso vitalício indefinido”, mas sim para uso cuidadosamente monitorado.

Essa reavaliação do uso prolongado da medicação reforça a necessidade de não normalizar o uso de nenhum medicamento por longos períodos sem a supervisão médica. Se você faz uso de omeprazol a muito tempo por conta própria, a recomendação é procurar um especialista a fim de fazer a reavaliação da sua saúde e, se for o caso, descontinuar gradualmente o uso do remédio sob orientação profissional.

Quer cuidar melhor da sua saúde? Acompanhe a revista Seleções e descubra conteúdos inspiradores sobre saúde, bem-estar e alimentação; tudo o que você precisa para alcançar seus objetivos com equilíbrio e confiança. Clique aqui e veja como assinar a Seleções e leve conhecimento de qualidade para o seu dia a dia.

Compartilhe:
saúde estômago bem estar medicamento omeprazol

AS MAIS LIDAS

Dia Mundial da Trombose: 9 sintomas que você não deve ignorar

Outubro rosa: vacina contra HPV reduziu câncer de colo do útero em quase 60% em jovens, diz estudo

Dia Internacional do Café: veja 4 motivos para incluir o café na sua rotina de forma saudável

Por que dormir mal acelera o envelhecimento da pele?