Saiba o motivo pelo qual o uso contínuo do omeprazol pode representar riscos para a saúde e é preciso cautela no consumo deste remédio.
O omeprazol é visto como uma forma eficaz de proteger o estômago, garantir conforto e com poucos riscos para a saúde, o que o tornou parte da rotina de muita gente. Porém, nos últimos meses, especialistas vem recomendando limitar o consumo deste medicamento devido a reavaliação de possíveis riscos com o seu uso a longo prazo.
O que o omeprazol faz e por que era tão usado
O omeprazol faz parte da classe dos inibidores da bomba de prótons, uma classe de medicamentos que reduzem drasticamente a produção de ácido no estômago ao inibir a enzima H⁺/K⁺-ATPase nas células parietais gástricas. Esse efeito torna o remédio bastante eficaz para tratar gastrite, refluxo gastroesofágico, úlceras gástricas e duodenais, além de proteger o estômago de lesões provocadas por anti-inflamatórios.
Como citamos, o omeprazol foi por muitos anos, foi uma das principais armas da medicina devido ao seu poder em aliviar sintomas e favorecer a cicatrização do tecido gástrico danificado. No entanto, à medida que o seu uso se tornou algo habitual e muitos pacientes permaneceram em tratamento por longos períodos, começaram a surgir sinais de que “proteção gástrica contínua” não é isenta de consequências.
Riscos e efeitos detectados com uso prolongado
Profissionais da saúde e pesquisam trouxeram à tona várias implicações negativas do uso crônico de omeprazol. Entre os efeitos mais citados estão as deficiências nutricionais, uma vez que o uso contínuo pode comprometer a absorção de ferro, cálcio, magnésio e vitamina B12, implicando fadiga, cãibras, anemia e risco de osteopenia/osteoporose.
Outros efeitos apontados são infecções intestinais, devido ao pH elevado do estômago, que favorece proliferação de bactérias como Clostridioides difficile, responsável por diarreias graves, e o SIBO, conhecido como supercrescimento bacteriano no intestino delgado, que ocorre por conta da diminuição do ácido gástrico, facilitando a colonização bacteriana onde normalmente isso não ocorreria.
Essas descobertas reforçam o aviso de que o omeprazol não deve ser um medicamento para “uso vitalício indefinido”, mas sim para uso cuidadosamente monitorado.
Essa reavaliação do uso prolongado da medicação reforça a necessidade de não normalizar o uso de nenhum medicamento por longos períodos sem a supervisão médica. Se você faz uso de omeprazol a muito tempo por conta própria, a recomendação é procurar um especialista a fim de fazer a reavaliação da sua saúde e, se for o caso, descontinuar gradualmente o uso do remédio sob orientação profissional.
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