O nome ômega-3 cobre uma série de ácidos gravos. Três deles são especialmente importantes para a saúde e compõem os principais benefícios do ômega-3: o
Raquel Zampil | 10 de Fevereiro de 2020 às 10:20
O nome ômega-3 cobre uma série de ácidos gravos. Três deles são especialmente importantes para a saúde e compõem os principais benefícios do ômega-3: o ácido eicosapentaenoico (EPA), o ácido docosa-hexaenoico (DHA) – ambos encontrados nos peixes gordurosos – e o ácido alfalinolênico (ALA), encontrado em fontes vegetais.
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Esses ácidos graxos fazem parte da membrana de todas as células do nosso corpo. Eles controlam as substâncias que entram e saem da célula e o modo como as células e se comunicam entre si.
As células com nível elevado de ômega-3 na membrana são mais fluidas e trabalham com mais eficácia. Quem tem uma alimentação rica nesses torna o seu organismo uma “máquina bem-lubrificada”.
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Os ácidos graxos ômega também modulam a produção de poderosas substâncias semelhantes a hormônios chamadas eicosanoides. As produzidas pelos ômega-3 são anti-inflamatórios e reduzem o risco de infarto. Caso este aconteça, é menor a probabilidade de ser fatal.
Um estudo de sobreviventes de infartos fez uma importante descoberta. Quando tomavam diariamente uma cápsula com um grama (1 g) de ômega-3, o risco de morrer de doença cardíaca caía 25%. As gorduras ômega-3 também:
1. Baixam os triglicerídeos do sangue (tipo de gordura armazenada associada ao aumento de coágulos);
2. Reduzem o ritmo cardíaco anormal e a incidência de AVCs;
3. Retardam o acúmulo de placas que enrijecem as artérias e baixam a pressão arterial.
Outras pesquisas promissoras indicam que os ômega-3 podem ajudar a combater a depressão. Mas ainda é cedo para dizer que possam ser usados para tratar a depressão clínica ou o transtorno bipolar.
Um estudo financiado pelos Institutos Nacionais da Saúde dos Estados Unidos busca verificar se o DHA pode retardar o avanço da doença de Alzheimer. E um estudo canadense preliminar com camundongos pode trazer pistas importantes na prevenção da doença de Parkinson.
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Outras pesquisas preliminares constataram que aumentar a ingestão de ômega-3 na alimentação ou com suplementos é útil em pacientes que sofreram transplante de órgãos e reduz o risco de câncer de mama, cólon e próstata.
Estão em andamento outros estudos sobre o efeito dos ômega-3 sobre asma, dismenorreia, eczema, lúpus, pré-eclâmpsia, síndrome nefrótica, esquizofrenia, prevenção de AVCs e colite ulcerativa. Mas sua eficácia nessas áreas ainda é desconhecida.
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