Aprenda como agir diante de uma queda de pressão e desmaio na rua: veja o passo a passo seguro, quando ligar 192 e como prevenir novos episódios.
Você está andando na rua e, de repente, alguém desmaia ao seu lado. O que fazer nessa hora? Saber agir com rapidez pode ser decisivo para garantir a segurança da pessoa até a chegada de ajuda médica. Neste guia, você vai entender quais são as principais causas de quedas de pressão e desmaios, os sinais de alerta e os primeiros socorros recomendados.
O que pode causar queda de pressão e desmaios repentinos
O desmaio ou síncope, como é chamado clinicamente, acontece quando o cérebro fica sem oxigênio e nutrientes por um breve momento. Essa falta de suprimento de sangue faz com que a pessoa perca a consciência de forma súbita e passageira.
Desmaios repentinos podem ocorrer por uma série de motivos. Mas, geralmente, a queda da pressão arterial é o principal motivo. As baixas de pressão podem acontecer por inúmeras razões, como desidratação, jejum prolongado, calor intenso, permanecer em pé por tempo excessivo, reação vasovagal, queda súbita de glicose ou até mesmo pelo uso de medicamentos.
Muitas vezes, o corpo dá sinais de que um desmaio está prestes a ocorrer. Reconhecer esses sintomas permite agir rapidamente para evitar que a pessoa caia e se machuque. Sendo assim, fique atento a sintomas como:
- tontura
- visão embaçada (ou turva)
- suor frio
- palidez
- sensação de mal-estar geral
Em situações mais raras, desmaios recorrentes podem estar relacionados a problemas cardíacos ou neurológicos. Nesses casos, buscar um médico especialista para investigar a causa é fundamental.
O que fazer em casos de desmaio
Quando a pessoa ainda está consciente e você nota os sinais antes do desmaio
- Peça que ela sente e abaixe a cabeça entre os joelhos.
- Se possível, deite a pessoa no chão com as pernas elevadas a cerca de 30–40 cm. Isso ajuda o sangue a voltar para o cérebro.
Quando a pessoa já desmaiou
- Verifique respiração e pulso. Se não houver, inicie massagem cardíaca (RCP) e chame o serviço de emergência imediatamente (SAMU – 192).
- Se estiver respirando, deite-a de barriga para cima e mantenha as pernas elevadas cerca de 30–40 cm acima do nível do tronco para favorecer o fluxo sanguíneo ao cérebro.
- Afrouxe roupas apertadas, como colarinho, cinto ou gravata.
- Lateralize a cabeça levemente para evitar engasgos.
- Monitore os sinais vitais até que recobre a consciência ou chegue ajuda.
- Evite ações agressivas ou riscos. Não jogue água fria no rosto, não sacuda a pessoa e não ofereça alimentos ou bebidas enquanto ela estiver sem consciência.
O que fazer depois que a pessoa recobrar a consciência
Depois que a pessoa recobrar a consciência, mantenha-a deitada por alguns minutos e, se possível, ofereça um líquido leve. Só permita que ela se levante lentamente, após certificar-se de que os sintomas desapareceram.
Vale ressaltar que é necessário buscar ajuda caso esses episódios de desmaio se repitam de forma frequente, caso o indivíduo demore mais de 1 minuto para recuperar sua consciência e especialmente, caso surjam sinais de confusão mental pós síncope.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 40% das pessoas terão ao menos um episódio de síncope ao longo da vida, mas apenas uma parte dos casos é benigna. Por isso, não negligencie sintomas persistentes.
Perguntas frequentes (FAQ)
Quais são os sinais de que alguém vai desmaiar?
Tontura, visão embaçada, suor frio, palidez e sensação de fraqueza súbita.
O que não devo fazer ao ajudar uma pessoa desmaiada?
Não jogue água fria, não ofereça alimentos nem tente levantá-la à força.
Desmaio e convulsão são a mesma coisa?
Não. No desmaio, a pessoa perde a consciência por pouco tempo e recupera rapidamente. Já a convulsão envolve movimentos involuntários e requer atendimento imediato.
Todo desmaio precisa de médico?
Nem sempre, mas se for recorrente, durar mais de um minuto ou vier acompanhado de sintomas graves, é essencial procurar avaliação médica.
Saber como agir diante de uma queda de pressão e desmaio pode evitar complicações e até salvar vidas. Reconhecer os sinais, manter a calma e aplicar os primeiros socorros básicos são passos fundamentais.
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