Confira detalhes sobre como funciona este medicamento usado para prevenir o HIV.
Laura Oliveira | 6 de Dezembro de 2022 às 13:08
No Dia Mundial de Luta contra a AIDS, o Ministério da Saúde lançou uma campanha nacional para conscientizar e reforçar a importância da prevenção do HIV/Aids. Segundo seus dados, cerca de 960 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, o que é um número altíssimo.
O novo boletim informa que há uma concentração maior de casos de Aids na população mais jovem (entre 25 e 39 anos). Portanto, o alvo da campanha é a conscientização desses jovens. Segundo os dados revelados, a população masculina com Aids é ainda maior, com 51,7% dos casos, enquanto na população feminina o percentual chega a 47,4%.
Um dos métodos preventivos disseminados durante a mobilização contra o HIV é o PrEP (profilaxia pré-exposição). Para entender o que é e tirar suas dúvidas sobre esse método, confira.
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A PrEP (profilaxia pré-exposição) é a combinação de dois ARV (medicamentos antirretrovirais) em um só comprimido. Dessa forma, mantém o organismo preparado para evitar uma possível infecção.
No combate ao HIV, consiste no uso desse medicamento, feito de maneira programada para que, caso a pessoa seja exposta ao vírus, a infecção seja prevenida. Ou seja, a utilização deste medicamento é indicada para pessoas que ainda não foram infectadas pelo vírus do HIV, mas que se encontram vulneráveis a ele.
Como vimos anteriormente, a PrEP é para pessoas que não têm o HIV, mas correm risco de contraí-lo. A PEP, por sua vez, é a profilaxia pós-exposição, ou seja, é para pessoas que podem ter sido expostas em situações como sexo desprotegido, violência sexual ou acidentes.
A PEP serve apenas para situações emergenciais, devendo ter seu uso iniciado dentro de 72 horas após uma possível exposição ao HIV.
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A PrEP é indicada para aquelas pessoas que possuem maior risco de entrar em contato com o vírus do HIV. Você deve cogitar usar a PRep se:
Além disso, segundo o Departamento de Doenças e Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, o HIV é mais frequente em algumas populações-chave. São elas:
Apesar de ter uma baixa frequência, a PrEP pode apresentar efeitos colaterais. A maior parte deles ocorre na fase inicial do uso da medicação e, normalmente, desaparece nos primeiros meses. Alguns dos efeitos colaterais mais frequentes nos estudos da PrEP foram:
Alguns sintomas a longo prazo também foram identificados, como raras situações em que a PrEP causou danos aos rins. Nesses casos, o medicamento foi suspenso para o funcionamento dos rins. Isso nos lembra que é de extrema importância, caso você esteja tomando a PrEP ou qualquer outro medicamento, manter o médico atualizado sobre os sintomas. Principalmente se forem graves ou se não passarem.
Não. Segundo a Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo, se for tomada diariamente, a PrEP é muito segura para proteger da infecção do HIV. Porém, ela não protege da gravidez ou de outras infecções sexualmente transmissíveis como a sífilis, clamídia, gonorreia, hepatites e infecção por HPV.
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Para saber se precisa tomar a PrEP, você precisa checar para quem este medicamento é indicado. Caso você se encontre em algum dos grupos citados, procure um profissional de saúde e se informe. Se você e o profissional concordarem que a PrEP irá te ajudar a se prevenir, você dará início aos procedimentos.
É provável que, antes de iniciar a medicação, o médico solicite teste de HIV, exames de ISTs e checar o funcionamento dos seus rins e fígado. Lembrando que para idquirir o remédio é necessário uma receita. Portanto, não compre medicamentos sem a prescrição de um médico.
Atenção: Esta matéria tem caráter informativo e não substitui a consulta médica especializada. Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.
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