Condição que afeta o equilíbrio não apresenta risco à vida do paciente, mas pode deixar sequelas.
Carol Peres | 26 de Fevereiro de 2025 às 10:25
A ex-presidente do Brasil e atual presidente do banco do Brics, Dilma Rousseff, foi internada devido a um quadro de neurite vestibular. A antiga chefe de estado está sendo tratada no hospital Shanghai East International Medical Center, na China, e responde bem ao tratamento. Ela deve receber alta nos próximos dias, segundo nota divulgada por sua assessoria na última terça (25) e reproduzida pela Agência Brasil.
Dilma foi internada na sexta-feira (21) após apresentar pressão alta, posteriormente recebeu o diagnóstico da condição. A neurite vestibular é um distúrbio provocado pela inflamação no nervo do equilíbrio, de forma que paciente tenha uma crise de vertigem. É importante mencionar que os sintomas da neurite vestibular são semelhantes aos de outros problemas graves, o que evidencia a necessidade de procurar ajuda médica imediatamente.
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O nervo do labirinto tem como principal função manter o equilíbrio do corpo, e quando afetado provoca crise de vertigem intensa e contínua, ou seja, a falsa sensação de movimentos. O distúrbio causa também náuseas e vômitos, com potencial de levar à desidratação e fadiga extrema, dificuldade de equilíbrio e concentração, palidez, suor frio e aumento dos batimentos cardíacos. Os sintomas costumam aparecer de forma repentina.
Normalmente, a neurite vestibular é consequência da infecção por um vírus, como influenza ou covid-19. Portanto, o tratamento consiste em medicamentos para aliviar os sintomas e anti-inflamatórios, mas os remédios não podem ser usados por muito tempo pois a prescrição prolongada pode aumentar a duração dessas ocorrências.
Vale ressaltar que a neurite vestibular não oferece risco à vida. Contudo, pode deixar sequelas, especialmente em pessoas de idade avançada, como Dilma. Isso é o que explica o otoneurologia Márcio Salmito à Agência Brasil.
'Tem três possibilidades: o labirinto pode voltar ao normal, como se nada tivesse acontecido; a segunda possibilidade, que é a mais comum, é o labirinto não voltar mais ao normal, e no entanto, a pessoa conseguir, pelo mecanismo de compensação vestibular, ficar totalmente sem sintomas; e a terceira possibilidade é a pessoa não conseguir compensar e desenvolver um quadro de tontura crônica.'
A vertigem é também indicativo de labirintite, de uma crise de migrânea vestibular, de concussão, da Doença de Menière ou de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Assim, é fundamental estar atento a outros sintomas associados à crise e procurar ajuda médica, pois apenas através da avaliação é possível identificar a origem do problema e receber o tratamento adequado.
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