O que é metástase? Entenda o caso raro de paciente que recebeu órgão com câncer

Entenda o que é metástase e saiba tudo sobre o caso de paciente que pegou câncer após transplante de fígado.

Thyago Soares | 20 de Outubro de 2025 às 10:00

A metástase é algo grave e requer tratamentos agressivos. - Reprodução / Freepik

Imagine esperar por anos por um transplante que possa salvar a vida e, meses depois, descobrir que o órgão recebido na realidade trouxe células cancerígenas para o seu corpo? Essa situação bizarra e rara aconteceu no Brasil, com um homem de 58 anos e gerou comoção na imprensa e na comunidade médica.

Entenda o caso

Esse caso ocorreu com Geraldo Vaz Júnior, que recebeu um fígado e, tempo depois, foi diagnosticado com câncer no órgão transplantado, com metástase no pulmão. Exames genéticos confirmaram que as células tumorais tinham DNA diferente do receptor, ou seja, vieram junto com o órgão transplantado, e não se originaram no corpo dele. 

Afinal, o que é metástase?

A metástase é uma evolução do câncer em um organismo e nada mais é do que o processo pelo qual células cancerígenas se desprendem do tumor original, migram por meio da corrente sanguínea ou sistema linfático e formam novos tumores em órgãos distantes, segundo publicação da Rede D’Or. Ou seja, o câncer “se espalha”, o que torna o tratamento mais complexo, exige abordagens mais agressivas e frequentemente compromete o prognóstico.

RELACIONADAS

20 frases de boa noite românticas e curtas para mandar no WhatsApp

'Celebridade': Saiba quem matou Queiroz e relembre final da novela

Jade Picon muda o visual para a nova novela das nove

Em geral, quando um paciente é diagnosticado com câncer primário, o médico investiga não só o local original, mas possíveis metástases e órgãos como fígado, pulmão, ossos e o cérebro são locais comuns de propagação.

A Transmissão de câncer via transplante é raríssima, mas possível

Em transplantes de órgãos, tais quais fígado, rim, pulmão ou coração, existe risco teórico de transmissão de câncer do doador para o receptor, mas trata-se de um evento extremamente raro e no caso de Geraldo, por exemplo, as chances estimadas eram inferiores a 0,03%.

Mesmo com rigorosos exames de triagem, históricos médicos, exames laboratoriais, imagens e inspeções do órgão antes da retirada, certas células tumorais microscópicas podem escapar dos testes. Essas células “ocultas” podem permanecer dormentes no órgão transplantado e manifestar-se posteriormente, muitas vezes após meses ou anos.

Atualmente o prognóstico de Geraldo é grave, uma vez que o câncer de origem no órgão transplantado se tornou metastático e inviabiliza cura. O homem está em tratamento paliativo com quimioterapia para controlar a doença enquanto possível.

Compartilhe:
saúde metástase câncer transplante de órgãos

AS MAIS LIDAS

Vacina 100% brasileira contra a Covid pode ser oferecida pelo SUS até 2027

6 benefícios do mel para a saúde comprovados pela ciência

5 frutas ricas em ferro que ajudam a combater a anemia

Aveia é bom para diarreia? Veja se esse alimento prende ou solta o intestino