Febre Aftosa, saiba mais sobre esta doença que atinge principalmente rebanhos, mas também afeta seres humanos.
Redação | 31 de Outubro de 2022 às 13:08
Nesta Terça-feira (01) acontecerá a segunda etapa anual de vacinação contra a febre aftosa no estado de Minas Gerais. A ideia é que bovinos e bubalinos de todas as idades consigam ser imunizados (total de 25,7 milhões). Para isso, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) estará trabalhando em parceria com à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Esta vacinação será importante para manutenção do status sanitário de livre com vacinação entregue pela Organização mundial de Saúde Animal (OIE) e continuarmos cumprindo com os compromissos estabelecidos com países compradores de carne brasileira.
É uma doença infecciosa aguda que motiva febre e aparecimento de aftas. Estas feridas, são geralmente encontradas na boca e nos pés dos animais. Contudo, vale destacar que a doença surge de um vírus que possui 7 tipos. Todos com sinais clínicos semelhantes, porém, só identificáveis em laboratório.
Os vírus são O, A, C, SAT.1, SAT.2, SAT.3 e Ásia 1. No entanto, cada um deles apresenta diversos subtipos, como e.g. O1 e A22. E a incubação pode levar de 3 até 8 dias, porém, em alguns casos o período pode se estender até 14 dias.
Como dito anteriormente, os principais sintomas da doença são as aftas encontradas na boca ou nos pés dos animais, entretanto, há outros sinais que revelam a doença. São eles:
Em Bovinos: Febre, inquietação, produção excessiva de saliva, dificuldade de ingerir alimento, queda na produção de leite, tremores, dores ao amamentar ou ordenhar. Além disso, o bovino tende a buscar isolamento e passar longo período deitado. Por fim, emagrecimento rápido também é marcante nestes casos.
Ovinos e Caprinos: Forte laminite, tendência a deitar e não levantar, manequeira e febre.
Suínos: Laminite aguda, inquietação, dificuldade de se alimentar e febre. Também podem apresentar aftas no focinho e boca (externa e internamente).
Segundo estudo do ministério da agricultura, a transmissão para seres humanos é pouco comum. Em verdade, só se tem conhecimento de um registro no ano de 1966 e foi no Reino Unido. Na época, constatou-se que a doença, em humanos, é similar à gripe, porém, contendo aftas. Além disso, possui curto período de duração.
O tratamento ainda não existe. Ela geralmente dura de duas a três semanas e tem a recuperação natural dos animais. Porém, ainda é feito o sacrifício sanitário enquanto política de controle. Assim, o objetivo é eliminar fontes de infecção, contatos e avanço da doença.
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Por isso, a vacinação torna-se uma ferramenta fundamental para o combate e prevenção desta doença. Em território brasileiro, há campanhas de vacinação em todos os estados e Distrito Federal.