Veja mais detalhes sobre processo criterioso que não é permitido no Brasil.
O poeta, compositor, filósofo e crítico literário imortal da Academia Brasileira de Letras, Antonio Cícero, teve sua morte confirmada na manhã desta quarta (23). O anúncio foi recebido com muitos comentários emotivos.
Cícero tinha 79 anos e o diagnóstico de Alzheimer. Ele faleceu por meio de morte assistida, o que é um procedimento desconhecido para alguns.
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Através de uma carta publicada no perfil da Academia Brasileira de Letras, Antonio Cícero sofria com os sintomas relacionados ao Alzheimer e decidiu viajar para a Suíça para passar por um "processo de eutanásia".
Bem, é importante mencionar que existe uma diferença entre eutanásia e o suicídio assistido, embora ambas as práticas sejam "atos voluntários de morrer sem dor e com assistência médica", de acordo com o jornal O Globo. As duas alternativas são proibidas no Brasil.
A eutanásia acontece quando o médico prescreve e administra a substância que leva o paciente à morte, enquanto no caso do suicídio assistido o profissional prescreve, mas o paciente que faz a aplicação. Apenas o suicídio assistido é permitido na Suíça.
A prática é proibida na maioria dos países, e nos locais em que é permitido existe uma série de critérios que devem ser atendidos para obter a permissão para passar pelo processo. Assim, é necessário ter um "quadro de sofrimento insuportável", passar por uma análise de laudos médicos e a pessoa deve ter capacidade de julgamento e de administrar a substância letal.
Antonio Cícero nasceu em 6 de outubro de 1945 no Rio de Janeiro e tomou posse da cadeira 27 da ABL em 16 de março de 2018. Publicou os livros de poemas "Guardar", "A cidade e os livros", "Livro de sombras: pintura, cinema e poesia" e "Porventura".
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