Você conhece a dieta anti-inflamatória? Essa dieta pode ser seguida por todos e traz diversos benefícios para o corpo. Confira!
Você já ouviu falar na dieta anti-inflamatória? Em meio a tantas dietas que prometem resultados milagrosos e imediatos, é importante conhecer as dietas que realmente promovem benefícios à saúde, não só por meio da redução das medidas corporais como também prevenindo doenças e mortes prematuras.
Pensando nisso, Seleções conversou com a nutricionista Tânia Collino, que é supervisora de Nutrição da Amparo Saúde. Ela explicou o que é a dieta anti-inflamatória, quais são seus objetivos, benefícios, cardápio e contraindicações. Confira!
O que é a dieta anti-inflamatória?
O nome já dá a pista: essa dieta tem como objetivo tratar as inflamações do nosso corpo, que podem levar ao aparecimento de diversas doenças.
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“A dieta anti-inflamatória é uma alternativa natural para combater a inflamação do nosso corpo, que pode levar ao surgimento de doenças crônicas como diabetes, doenças cardíacas, câncer, obesidade, entre outras. Ela consiste em consumir alimentos com propriedades anti-inflamatórias, visando o restabelecimento das defesas naturais do organismo e seu equilíbrio”, explica a nutricionista Tânia Collino.
Reconhecer os sinais que indicam uma inflamação no corpo é o primeiro passo para procurar uma nutricionista e obter um cardápio para sua dieta anti-inflamatória.
“A inflamação é uma reação natural do nosso organismo para combater um quadro de infecção, podendo ser aguda (curta duração) ou crônica (longa duração). No entanto, as infecções crônicas, que geralmente estão relacionadas a um estilo de vida pouco saudável (como obesidade e estresse), podem levar a uma série de problemas de saúde”, explica.
Por isso, realizar um acompanhamento contínuo é fundamental, inclusive para que a situação não se agrave.
“Na Amparo Saúde, por exemplo, o paciente é atendido por uma equipe multidisciplinar composta por médico de família, equipe de enfermagem, de farmácia, de nutrição e de psicologia que resolve, em média, 90% dos casos. Esse modelo de atendimento aproxima o paciente dos profissionais de saúde e agiliza a resolução de muitos agravos”, conta.
A nutricionista explica que por ser uma dieta que leva a um melhor funcionamento do organismo como um todo, não há contraindicações. Desse modo, todos podem seguir a dieta anti-inflamatória, sem riscos.
Alimentos consumidos na dieta anti-inflamatória
Para ocorrer a redução do processo inflamatório é importante consumir menos alimentos inflamatórios e mais alimentos anti-inflamatórios.
“Desse modo, a dieta deve fornecer equilíbrio entre carboidratos não refinados, proteína e gorduras, além de oferta adequada de vitaminas, minerais, fibras e água”, explica a nutricionista Tânia Collino.
Segundo a especialista, alguns alimentos com propriedades anti-inflamatórias que você pode adicionar em seu cardápio são:
- “Gengibre: anti-inflamatório, aumenta a imunidade e tem efeito termogênico (acelera o metabolismo, ajudando na digestão e no emagrecimento). (Confira outros benefícios do gengibre aqui)
- Cúrcuma ou açafrão da terra: 5 gramas de pó de cúrcuma por dia tem efeito anti-inflamatório e hepatoprotetor (protege o fígado). Adicione no arroz, chás, sucos, ou até mesmo no leite de castanhas. Coloque uma pitada de pimenta preta para melhorar seu aproveitamento da metabolização. (Conheça outros benefícios do açafrão aqui)
- Abacate: O abacate possui nutrientes que auxiliam na desintoxicação do fígado. O fruto é rico em beta-sitosterol, uma substância que age como um anti-inflamatório natural. (Confira outros 17 benefícios do abacate aqui)
- Couve: Além de ser barata e fácil de encontrar em todo o país, a couve é nutritiva e oferece vários benefícios à saúde. O vegetal é rico em antioxidantes que agem contra os radicais livres, é fonte de vitamina K, tornando-se anti-inflamatório.
- Cebola (principalmente a roxa), alho, nabo, rabanete e almeirão: ricos em quercetina, rutina e taxifolina, inibem a produção de substâncias inflamatórias. Quando for cozinhar, calcule cerca de 1 colher de sopa de cebola roxa por pessoa. (Confira 6 benefícios da cebola aqui)
- Amendoim, feijão, amêndoa, frutas e vegetais em geral: ricos em kaempferol e bioflavonóides, que têm ação anti-inflamatória e anticarcinogênica (previne tumores).
- Inhame: aumenta as defesas do organismo, tem ação anti-inflamatória, rico em vitamina C, complexo B, ferro, magnésio, betacaroteno tem ação antioxidante ajudando a eliminar toxinas do corpo como micro-organismos e
inflamações.
- Azeite de oliva extravirgem: rico em ácidos graxos monoinsaturados (ômega 9) e compostos antioxidantes (possui propriedades anti-inflamatórias, o azeite previne doenças cardíacas e reduz o risco de diabetes).
- Salmão, sardinha, arenque, cavala e anchova: ricos em ômega 3, vitaminas e minerais (ação antioxidante, fortalecimento do sistema imunológico, ação anti-inflamatória entre outras).
- Extrato de própolis: o própolis, produzido pelas abelhas a partir do pólen das plantas, é apontado como um dos mais eficazes anti-inflamatórios. Rico em bioflavonóides, tem ação bactericida. A sugestão é tomar diariamente de 15 a 20 gotas do extrato diluído em um pouco de água”, conclui.
Quais alimentos causam inflamação no corpo?
O consumo excessivo de carboidratos com alto índice glicêmico (IG) é o grande responsável no aparecimento e agravamento dos processos inflamatórios em nosso organismo.
“O consumo elevado de carboidratos com alto índice glicêmico, como doces, arroz branco, massas e pães feitos com carboidratos refinados, além de refrigerantes e sucos adoçados com açúcar, podem causar inflamação no corpo. Assim, o consumo desse grupo de alimentos pode levar à resistência à insulina, diabetes e obesidade.”
E se você não abre mão das carnes processadas, que já são condenadas por nutricionistas há muito tempo dada sua relação com o surgimento de cânceres, aqui vai um alerta: elas também causam inflamação no corpo.
“Além disso, a ingestão excessiva de álcool, frituras e carnes processadas (bacon, toucinho, salsichas, linguiças, presuntos, salames, carnes enlatadas, etc) também têm ação inflamatória no corpo. E apesar de não ser um fator dietético, o sedentarismo também pode promover a inflamação”, explica.
A dieta anti-inflamatória emagrece?
É comum que as pessoas procurem novas dietas e estilos alimentares em busca da redução das medidas corporais. No entanto, é importante sempre atentar-se para dietas que sejam verdadeiramente nutritivas, e de preferência que sejam feitas com um acompanhamento nutricional.
Afinal, dietas restritivas, da moda ou sem embasamento científico podem provocar não só o tão temido efeito sanfona como também uma obsessão pelo peso, que trará prejuízos físicos e mentais. No caso da dieta anti-inflamatória, há, de fato, um emagrecimento saudável.
“O emagrecimento ocorre como uma consequência da melhora da qualidade da alimentação. Por ser uma dieta equilibrada, rica em alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, não só ocorre a redução de peso, mas também o aumento da energia e disposição”, conclui a nutricionista.