As unhas dos pés e das mãos podem indicar vários desequilíbrios no corpor e até mesmo doenças graves. Descubra como identificar os sinais.
As unhas dos pés e das mãos são uma relíquia evolutiva, mais úteis a nossos distantes ancestrais, que as usavam para se agarrar nos galhos, do que para seres humanos modernos. No entanto, elas ainda dão pistas sobre nossa saúde.
Por exemplo, quando há desgaste excessivo dos recursos do corpo, o crescimento das unhas pode se interromper temporariamente, deixando sulcos horizontais. Chamadas de “linhas de Beau”, essas marcas podem ter vários motivos, como traumas locais da unha, infecções e nível elevado de estresse físico.
Em geral, as linhas de Beau não causam muita preocupação, pois quando se tornam visíveis o problema que as provocou já se resolveu. No entanto, se houver recorrência dessas linhas, é bom consultar um médico.
Se suas unhas se curvam para baixo numa forma côncava, como se tivessem sido amassadas (fenômeno conhecido como “unhas de colher”), você pode estar com deficiência de ferro.
Também vale a pena observar qualquer mudança da cor normal das unhas.
As micoses são muito comuns nas unhas dos pés e podem ser as culpadas caso as unhas fiquem amareladas ou esverdeadas e comecem a esfarelar. Por isso, mantenha as unhas curtas, troque de meia com frequência e não ande descalço em locais públicos.
Unhas amarelas também podem indicar psoríase.
Se a unha escurecer, a razão pode ser uma verruga ou um hematoma debaixo dela, mas é bom verificar se a causa não é um melanoma (câncer de pele). Especificamente, “o surgimento de uma faixa vertical marrom ou preta na unha de um adulto deve sempre suscitar uma consulta ao dermatologista”, diz Bianca Maria Piraccini, professora de Dermatologia da Universidade de Bolonha, na Itália.
Sejam quais forem as mudanças observadas, não se esqueça de que há centenas de razões possíveis para anormalidades nas unhas, mas nem todas são graves. Por exemplo: a longo prazo, o uso de esmalte pode tornar as unhas quebradiças, e o envelhecimento pode começar a deixá-las mais espessas. Portanto, não suponha o pior; em vez disso, consulte um médico, que será capaz de utilizar as mudanças das unhas para montar um quebra-cabeça maior.
Por SAMANTHA RIDEOUT