O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, foi submetido a uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na noite de segunda-feira (9), após apresentar dores de cabeça. Segundo o boletim médico informado, o procedimento foi necessário devido a uma hemorragia intracraniana decorrente de uma queda sofrida pelo presidente no dia 19 de outubro.
Em outubro, Lula caiu no banheiro da residência oficial da Presidência, batendo a nuca. Na ocasião, ele levou cinco pontos na cabeça e passou por exames de imagem que não indicaram complicações graves. Desde então, o presidente vem sendo monitorado pela equipe médica e teve algumas agendas alteradas, como o cancelamento de uma viagem à Rússia para participar da cúpula do Brics.
No entnato, na última segunda-feira (9), Lula voltou a sentir incômodo na cabeça e procurou atendimento na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês. Exames de ressonância magnética identificaram um hematoma intracraniano, levando à transferência do presidente para a unidade de São Paulo para ser realizada a cirurgia.
A cirurgia foi realizada para evitar complicações mais graves, como aumento da pressão intracraniana. O procedimento bem-sucedido reflete a importância do monitoramento contínuo de hematomas decorrentes de traumas.
De acordo com o cirurgião Rogério Tuma, responsável pelo caso, o procedimento realizado é considerado padrão em situações como essa. "Foi feita uma pequena abertura no crânio, chamada trepanação, para drenar o hematoma. Não houve nenhum dano ao cérebro", afirmou o médico.
A operação durou cerca de uma hora e incluiu a instalação de um dreno intracraniano, que permanecerá por até 72 horas. Lula segue sob monitoramento na UTI, onde ficará por 48 horas antes de ser transferido para um quarto no hospital.
A equipe médica informou que o presidente esteve consciente durante todo o processo, desde a transferência de Brasília até a chegada ao hospital em São Paulo. “Ele está acordado, conversando normalmente, e o prognóstico é positivo”, explicou o médico Kalil Filho.
Caso não haja intercorrências, a previsão é que Lula retorne a Brasília na próxima semana. No entanto, os médicos preferem não estipular prazos definitivos para sua alta.