É mais comum do que pensamos consumir medicamentos vencidos. Entenda a gravidade e como tratar.
Muitas pessoas mantêm uma "farmacinha" em casa, onde armazenam medicamentos para tratar diversas condições do dia a dia, como dores de cabeça ou problemas estomacais. No entanto, o uso desses remédios após o prazo de validade é uma prática comum e preocupante. Embora a automedicação já seja desaconselhada pelos especialistas, o consumo de medicamentos vencidos pode representar riscos sérios à saúde, afetando a eficácia do tratamento e, em alguns casos, até provocando reações adversas.
Isso porque os prazos de validade são cuidadosamente estabelecidos para garantir que os medicamentos mantenham suas propriedades terapêuticas dentro de um período seguro. Ignorar essa validade pode ser perigoso, e os medicamentos vencidos devem ser descartados de maneira adequada, evitando também impactos ambientais.
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Ingerir medicamentos vencidos não apenas reduz sua eficácia, como também pode contribuir para o surgimento de patógenos mais resistentes, como as superbactérias. Um estudo publicado na The Lancet Regional Health revelou que, em 2019, 1,27 milhão de mortes foram atribuídas à resistência antimicrobiana (RAM).
Além disso, os efeitos de medicamentos vencidos variam de ineficácia a reações adversas, como alergias, intoxicações, náuseas e, em casos raros, choque anafilático, alerta a professora Ligia Burci.
A data de validade dos remédios é definida por meio de estudos de estabilidade que testam sua segurança e eficácia em condições controladas, como temperatura e umidade. No Brasil, os testes são feitos a 30ºC e 75% de umidade relativa.
Caso alguém consuma um remédio vencido por engano, é importante observar possíveis sintomas e procurar atendimento médico, levando a embalagem do produto. Já para o descarte, medicamentos vencidos devem ser entregues em unidades de saúde ou farmácias, nunca descartados em pias, vasos ou lixo comum, para evitar danos ao meio ambiente.
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