Muitos fabricantes de cigarros lançaram no mercado versões dos seus produtos com "baixo teor de nicotina". Mas serão estes cigarros de fato mais seguros?
Julia Monsores | 17 de Outubro de 2019 às 11:00
Muitos fabricantes de cigarros lançaram no mercado versões dos seus produtos com “baixo teor de nicotina”. Mas serão estes cigarros de fato mais seguros? A resposta é simples: não são. Os estudos provam que os fumantes acabam por inalar mais e com mais frequência a fumaça desse tipo de cigarros e os fumam até quase o fim. Assim, aumentam realmente os perigos para a saúde.
Mesmo se fumados com cautela, estes cigarros podem não ser significativamente menos perigosos do que os outros que estão disponíveis no mercado.
Os cigarros de mentol, por exemplo, são tão calmantes que os fumantes inalam mais e retêm a fumaça nos pulmões durante mais tempo. Os cigarros com filtro, embora reduzam ligeiramente as toxinas, levam os fumantes a inalar mais, aumentando o risco de um tipo de câncer do pulmão chamado adenocarcinoma. Além disso, os cigarros “sem aditivos” possuem nicotina, fonte de dependência, e alcatrão, que prova câncer.
Ironicamente, os cigarros produzidos antes de 1950 tinham um sabor tão forte que os fumantes inalavam menos, tornando-se desse modo menos perigosos.