A medicina está sempre em constante evolução; todos os dias são feitas novas descobertas e novas opções de tratamento para velhos problemas surgem.
Redação | 1 de Maio de 2020 às 01:01
A medicina está sempre em constante evolução; todos os dias são feitas novas descobertas e novas opções de tratamento para velhos problemas surgem. Veja abaixo 7 novidades dessa área tão importante para o nosso bem-estar.
Compostos encontrados em alguns legumes e verduras têm sabor excepcionalmente ruim para pessoas com variantes genéticas específicas. Essas mesmas pessoas, estimadas em 15% a 25% da humanidade, também não gostam de café e de chocolate amargo. Em um estudo feito por Jennifer L. Smith, da Universidade de Kentucky, os participantes com essas variantes demonstraram menos probabilidade de consumir legumes e verduras. “Os vegetais problemáticos tendem a estar na família das crucíferas: repolho, brócolis e couve-de-bruxelas, entre outros”, diz ela. Em vez de abandonar totalmente os legumes e perder o bem que fazem à saúde, experimente os mais doces, como cenoura e beterraba.
A probabilidade é que você nunca tenha ouvido falar de síndrome de Marfan nem de fasciite eosinofílica. Elas estão entre as doenças consideradas “raras” porque afetam menos de cinco pessoas a cada 10 mil. Geralmente, essas doenças são difíceis de diagnosticar e tratar, em parte por não receberem muita atenção científica. Mas, quando somadas, na verdade elas afetam cerca de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro (sem incluir infecções ou cânceres raros). Essa nova estimativa se baseia no
Orphanet, um banco de dados online que reúne informações sobre doenças raras. “É possível buscar por uma doença específica e encontrar entidades de pacientes, centros especializados, projetos de pesquisa e registros da Europa, do Japão e do Canadá”, diz Charlotte Rodwell, porta-voz do projeto sediada em Paris.
As atividades artísticas estão se destacando no tratamento de doenças – como tango para doença de Parkinson e canto coral para a doença pulmonar obstrutiva crônica. Numa revisão abrangente, o escritório regional da Organização Mundial da Saúde na Europa constatou que as atividades artísticas, além de reduzir riscos e melhorar doenças, beneficiam problemas complexos que o tratamento de saúde convencional tem dificuldade de abordar, como obesidade e doença mental. Isso acontece porque a arte promove bem-estar em várias frentes ao mesmo tempo, com apoio social, estímulo cognitivo e redução do estresse.
Uma metanálise encomendada pela Organização Mundial da Saúde concluiu que, apesar da crença popular e de relatos de casos, o óleo de peixe e outros suplementos de ômega-3 provavelmente não evitam depressão e ansiedade. Foram examinadas somente evidências da mais alta qualidade: estudos controlados e randomizados com duração mínima de seis meses. O organismo precisa de pequena quantidade de ácidos graxos ômega-3, e não há dúvida de que peixes gordurosos como salmão, arenque ou sardinha fazem bem à saúde geral, assim como outros alimentos ricos em ômega-3, como nozes e sementes. Mas, dado que o setor de óleo de peixe captura em grande quantidade espécies fundamentais para a cadeia alimentar oceânica, é bom pensar duas vezes antes de tomar suplementos cujos benefícios não foram comprovados.
A artrite reumatoide (AR) provoca inflamação crônica das articulações e, às vezes, de outras partes do corpo, como os vasos sanguíneos. Por causa disso, a probabilidade de infarto e AVC praticamente dobra nesses pacientes, fato recentemente confirmado por um estudo da Clínica Mayo. Os pacientes com AR também correm mais risco de apresentar coágulos sanguíneos antes e depois do diagnóstico, indicando que, na verdade, a inflamação pode começar antes que a artrite fique visível. Os sintomas de coágulos podem incluir dor, vermelhidão e quentura na perna, no braço ou na virilha. Se o coágulo chegar ao pulmão, pode haver falta de ar súbita e inexplicável. Os coágulos sanguíneos são emergências médicas, e pessoas com AR deveriam ficar muito atentas a eles.
Se você acredita que é alérgico a penicilina, há uma boa chance de que não seja, ainda que sua ficha indique que sim. Hoje, vários estudos europeus e americanos sustentam isso, inclusive um que examinou recentemente pacientes internados no Hospital Candler, em Savannah, no estado americano da Geórgia. “Em cerca de um quinto dos casos, verificamos que não havia alergia só pela conversa com o paciente”, revela o Dr. Christopher Bland, pesquisador e farmacêutico da Universidade da Geórgia. Nessas conversas, eles descobriram que a suposição de alergia costumava se basear em efeitos colaterais não alérgicos dos antibióticos que não trazem risco de vida, como náusea e diarreia de curto prazo.
Em outros casos, o paciente realmente teve alergia – que pode causar vermelhidão, urticária, inchaço da garganta e até choque anafilático. “Mas,
cinco anos depois do evento, 50% das pessoas não terão mais reação; elas superam a alergia”, explica Bland. “Dez anos depois, esse número sobe para
80%.” Um exame de pele pode indicar se você ainda é alérgico; se der positivo, você ficará com um calombo que coça.
Caso contrário, sorte sua, porque em geral a penicilina é mais barata, tem menos efeitos colaterais e combate melhor as infecções do que as alternativas. No caso de doenças como as infecções de garganta, ela é o melhor antibiótico. “Os pacientes deveriam conversar proativamente sobre o tema com o médico”, aconselha Bland, “porque há uma boa probabilidade de não serem alérgicos de fato.”
Com a idade, todos sofremos declínio da massa muscular esquelética. “Essa perda provoca consequências funcionais graves”, alerta James McKendry, pesquisador da Universidade McMaster, em Hamilton, na província canadense de Ontário. Os exercícios de resistência combatem o problema, mesmo em idosos que antes não se exercitavam. McKendry e seus colegas recrutaram 15 homens com mais de 60 anos; sete eram atletas de resistência havia muito tempo, o resto não treinava. Surpreendentemente, os dois grupos apresentaram capacidade semelhante de adquirir musculatura em resposta a extensões do joelho.
Se quiser adotar um novo hábito, “procure primeiro a orientação de profissionais de saúde e de educação física”, aconselha McKendry. Não importa se você é frágil ou robusto; eles podem ajudá-lo a escolher exercícios benéficos.