Um vírus com altas capacidades epidêmicas matou um adolescente de 14 anos na Índia. Entenda mais sobre o caso.
Um adolescente de 14 anos morreu na Índia após ser infectado pelo vírus Nipah, uma ameaça de grande prioridade para a Organização Mundial da Saúde devido ao seu alto potencial epidêmico. O jovem, da cidade de Pandikkad, faleceu no domingo, um dia após o diagnóstico da doença que afeta o cérebro e pode ser transmitida entre pessoas próximas. As autoridades locais recomendaram o uso de máscaras em locais públicos e isolaram e testaram todos que tiveram contato com o adolescente. Entenda mais sobre a repercussão do caso.
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Entenda o caso
Um jovem de Malappuram, na Índia, faleceu no domingo (21) após uma parada cardíaca enquanto estava internado em Kerala, de acordo com as autoridades locais. Sessenta pessoas consideradas de "alto risco" estão sendo monitoradas pelas autoridades indianas, que formaram 25 comissões para identificar e isolar os afetados. Ao todo, 214 pessoas que tiveram contato com o jovem foram notificadas. Os moradores da cidade foram orientados a usar máscaras e evitar aglomerações em locais públicos.
O médico Anoop Kumar, diretor do Hospital Aster MIMS em Calecute, afirmou à Reuters que o ambiente ao redor do jovem será monitorado por 10 dias, período que cobre o tempo de incubação do vírus. O vírus Nipah é incurável e, atualmente, não há vacina ou tratamento disponível.
Os poucos sobreviventes enfrentam sequelas e são estudados pela Organização Internacional de Pesquisas em Saúde de Bangladesh, que investiga como a resposta imunológica desses pacientes pode ajudar no desenvolvimento de vacinas.
Conheça mais sobre o vírus Nipah
Identificado pela primeira vez na Malásia há 25 anos, o vírus Nipah já causou surtos em Bangladesh, Singapura e Índia. Sem vacina disponível, a taxa de mortalidade do vírus varia de 40% a 75%, de acordo com a OMS. Os sintomas iniciais incluem febre alta, vômito e infecção respiratória, podendo evoluir para convulsões, encefalite, coma e morte em casos graves.
Fontes: UOL e O Globo.
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