Mulher descobre câncer após coceira na região íntima

Preste atenção aos sintomas, mesmo que pareçam comuns, do câncer de vulva.

Esther Ramos | 3 de Outubro de 2024 às 16:29

Conheça mais sobre os sintomas de um câncer raro que afeta mulheres ao redor do mundo. - Doucefleur/ iStock

O câncer de vulva é uma forma rara de tumor que afeta os lábios vaginais e, muitas vezes, se desenvolve sem apresentar sintomas evidentes. No entanto, em alguns casos, sinais como coceira persistente e dor ao redor dos órgãos genitais podem servir de alerta.

Foi o que aconteceu com uma mulher que, após sentir coceira constante e dor intensa, descobriu que estava com esse tipo de câncer. A condição, embora rara, chama atenção para a importância de prestar atenção a qualquer mudança incomum na região íntima e buscar ajuda médica para um diagnóstico precoce.


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Entenda o caso de Jo Pyke

Jo Shaw Pyke, de 48 anos e moradora da Inglaterra, enfrentou uma jornada de 18 meses em busca de respostas para uma coceira persistente e dor intensa ao redor dos órgãos genitais. Durante esse tempo, os médicos atribuíram seus sintomas à menopausa e infecções urinárias, prescrevendo seis ciclos de antibióticos. Jo já havia enfrentado um câncer de colo de útero e passado por uma histerectomia em 2020, mas os exames realizados não revelavam nada conclusivo.

Em dezembro de 2023, durante uma consulta médica, um caroço foi finalmente detectado na vulva, levando-a a ser encaminhada para exames mais detalhados. Em entrevista ao Daily Mail, Jo relatou o momento em que percebeu algo estranho ao enxugar-se com uma toalha. "Foi como se um raio de eletricidade tivesse passado por mim", contou. Assustada, ela mostrou o caroço ao marido, perguntando o que poderia ser.

O diagnóstico final revelou que Jo Shaw estava com câncer de vulva, uma doença rara, que, até aquele momento, havia sido negligenciada.

A descoberta e o tratamento

Os exames revelaram que Jo Shaw Pyke tinha um tumor de 8 cm na vulva, diagnosticado como melanoma da mucosa vulvar, uma forma rara e agressiva de câncer que já havia se espalhado para os gânglios linfáticos.

Em janeiro de 2024, Shaw passou por uma cirurgia para remover o tumor. "Os médicos removeram um tumor de 8 cm. Metade dele era preta e a outra parte estava completamente desfigurada", relatou Shaw.

Apesar da cirurgia, a recuperação foi complicada. "Fui costurada de cima a baixo, mas todos os pontos na parte inferior se abriram, e não havia como costurar novamente. Acabei pegando infecção duas vezes", explicou. Em junho, uma biópsia mostrou que o câncer havia retornado, e Shaw passou a receber tratamento paliativo com imunoterapia.

Amigos de Shaw iniciaram uma campanha no GoFundMe para arrecadar fundos para um tratamento experimental fora do Reino Unido. Mesmo enfrentando um prognóstico difícil, Shaw expressou seu desejo de apoiar outros pacientes com câncer e continuar seu trabalho de defesa e suporte para aqueles lidando com o melanoma mucoso.


Confira também: Menstruação marrom? Descubra o que pode ser e fique atenta a diferentes sintomas.

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