Unhas de gel podem ser perigosas? Influenciadora revela reação assustadora

Durante seu casamento, a criadora de conteúdo identificou bolinhas nas unhas e começou a se preocupar.

Luana Viard | 17 de Dezembro de 2024 às 14:53

Juliana Leme utilizava unhas de gel desde os 15 anos e descobriu que sofre com alergia ao ativo metil metacrilato. - Reprodução / Redes Sociais

Juliana Leme de Brito, empresária e criadora de conteúdo de 26 anos, sempre foi adepta da técnica de unhas de gel. Ela utilizou esse tipo de alongamento desde os 15 anos, até desenvolver uma intensa reação alérgica ao metil metacrilato, substância presente na fórmula do produto.

"Em outubro do ano passado, no meu casamento, percebi que eu estava com algumas bolinhas no lado da minha unha", relembra Juliana. A influenciadora decidiu remover o gel as unhas, acreditando que a região estava sensível.

"Fiquei um tempo sem. Até que, em junho deste ano, decidi colocar novamente. Após uma hora, a minha cutícula começou a coçar demais e ficar com bolhas vermelhas. Doía demais", lembra a influenciadora. Depois desse episódio, a empresária chamou a profissional para voltar e remover o gel de suas unhas.

"Na época, se eu tivesse demorado um pouco mais, eu poderia ter perdido a unha do meu dedo anelar esquerdo.", revelou a criadora de conteúdo, mostrando que a situação realmente é grave.

Diagnóstico da alergia

Ao buscar orientação médica, Brito foi diagnosticada com alergia ao metil metacrilato, sendo alertada de que não poderia continuar utilizando unhas de gel.

"Os metacrilatos contidos no esmalte gel são substâncias químicas que podem causar reação de hipersensibilidade na pele e sintomas como coceira intensa nas mãos, vermelhidão no leito ungueal, enfraquecimento e perda das unhas e até Insuficiência respiratória em casos graves", explica a dermatologista Melissa Maeda, do Hospital Nove de Julho ao site da Marie Claire.

Alergia a qualquer esmalte

Além de apresentar reação ao gel para unhas, a empresária também passou a ter alergia a qualquer tipo de esmalte, o que a levou a usar apenas as versões hipoalergênicas disponíveis.

A empresária relata que a alergia apareceu de forma inesperada, e Maeda esclarece que esse tipo de reação é comum. "A qualquer época da vida, nossas respostas imunológicas podem mudar e passamos a ter respostas alérgicas a coisas que tolerávamos anteriormente", comenta a dermatologista.

Quando se trata do esmalte, o organismo começa a identificá-lo como uma "ameaça" e, em resposta, ativa mecanismos de defesa que resultam nos sintomas alérgicos.

A alergia tem cura?

De acordo com Maeda, a alergia não pode ser curada, mas pode ser controlada. O principal é evitar o contato com o agente causador, como foi o caso de Juliana. "Fiquei usando corticoide e antibiótico por mais de um mês e a minha unha está começando a se recuperar agora, em novembro", complementa a empresária.

O conselho da jovem, que ela gostaria de ter seguido antes de passar pela experiência da alergia, é testar o gel em uma única unha antes de aplicá-lo em todas. Dessa forma, caso haja alguma reação adversa, fica mais fácil lidar com a situação.

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