Conhecida como doença do beijo, a mononucleose infecciosa é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr e pode ser confundida com outras doenças.
A dor de garganta pode ser causada por exposição a poluentes ou irritantes, como fumaça de cigarro, pelo ato de gritar e esforço vocal excessivo. No entanto, quando essa dor de garganta está associada a febre e aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, na axila ou na região inguinal podem ser indícios de mononucleose infecciosa.
Atenção: Esta matéria tem o objetivo de informar e não substitui o atendimento médico. Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico ou farmacêutico.
Qual é a causa da mononucleose infecciosa?
A mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-Barr, que é transmitido de uma pessoa para outra na saliva, motivo pelo qual também é conhecida como “doença do beijo”. É mais comum em adolescentes e adultos jovens, mas pode acometer crianças e pessoas de meia-idade.
Quais são os sintomas?
Alguns pacientes podem ter a infecção sem apresentar sinais de doença. No entanto, os sintomas clássicos são:
- dor de garganta, em algumas ocasiões intensa o bastante para impedir a deglutição da saliva e, às vezes, dificultar a respiração;
- aumento dos linfonodos no pescoço e, eventualmente, em outras partes do corpo;
- letargia e sensação geral de mal-estar;
- possível edema ao redor dos olhos e erupção cutânea (a erupção pode ser parte da doença, mas também ocorre quando se prescreve o antibiótico ampicilina a um paciente com mononucleose infecciosa);
- eventual aumento do fígado e do baço – um pequeno número de pacientes apresenta icterícia.
Como é feito o diagnóstico?
Para confirmar o diagnóstico clínico em pacientes com suspeita de mononucleose infecciosa, existe o monoteste. Trata-se de um exame de sangue que detecta a presença de linfócitos atípicos. No entanto, o monoteste só apresenta resultados confiáveis quano o paciente tem mais de 4 anos de iadade e está na segunda semana da doença.
Quais são as opções de tratamento?
A infecção viral segue seu curso, mas é possível aliviar os sintomas. A dor de garganta melhora com analgésicos simples, como paracetamol ou ibuprofeno, que também aliviam a eventual febre. O paciente deve beber bastante líquido e, caso não consiga engolir, talvez seja necessário interná-lo para reidratação venosa. A internação também é aconselhada quando há dificuldade respiratória, e alguns pacientes podem ser tratados com corticoides durante a permanência no hospital. Em caso de aumento do baço, é aconselhável evitar esportes de contato por cerca de um mês, para evitar ruptura.
Qual é o prognóstico?
A infecção geralmente dura de uma a duas semanas, mas muitas vezes é acompanhada por alguns meses de cansaço até a recuperação completa. A atividade plena deve ser incentivada o mais cedo possível. Cerca de 1 em cada 2 mil pessoas afetadas desenvolve uma forma crônica ou recorrente, que pode durar alguns meses.