Você sabia que o mentiroso compulsivo existe e que possui uma doença chamada mitomania? Conheça mais sobre essa condição.
Douglas Ferreira | 31 de Março de 2021 às 13:30
Dia 01 de abril é conhecido como o Dia da Mentira. Nessa data, é muito comum as pessoas se reunirem para pregar uma peça em amigos e familiares, mas você sabia que existe uma doença conhecida como a doença da mentira?
A mitomania é definida como o desejo de mentir compulsivamente sobre qualquer assunto, independentemente da situação. Trata-se de um mecanismo consciente exagerado que pode ser acionado por diversos motivos, dentre eles a autoproteção ou falseamento da realidade, fazendo-a parecer melhor do que realmente é.
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O mitomaníaco muda sua própria realidade para parecer mais atraente ou aparentar ter mais do que tem. A mentira relacionada à mitomania é muito diferente da mentira social, contada para evitar um desentendimento, por exemplo.
Outro ponto é que o mitomaníaco não sente culpa ao contar a mentira, por mais exagerada que seja. Embora ele não sinta culpa, ele também não age de má-fé. Isso acontece porque, para ele, mentir já se tornou algo natural, pois esconde sofrimentos em que resultam nesse estado de semiconsciência da mentira.
Alguns sinais aparentes são:
A pessoa que mente compulsivamente possui o quadro de outras doenças psiquiátricas e psicológicas, como o transtorno de personalidade antissocial. A condição também pode estar associada a algum tipo de compulsão, como por exemplo a compulsão por álcool, drogas, comida ou compras.
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Dessa forma, uma pessoa compulsiva pode mentir para pessoas próximas, alegando que não está usando drogas, por exemplo. Então, isso pode agravar o problema e se tornar um vício, o que pode gerar ou piorar a mitomania.
Por não ser pego em suas mentiras, o mitomaníaco pode se isolar de amigos e familiares. Portanto mascara a sua própria realidade fazendo acreditar que vive em outro ambiente. Por outro lado, o mitomaníaco só pode se tornar uma ameaça se tiver ligação com outra patologia grave, como a sociopatia.
O mitomaníaco não acredita que suas mentiras sejam uma patologia, portanto é difícil fazê-lo pedir ajuda. O ideal é acolher o mitomaníaco de forma compreensiva e jamais confrontá-lo.
Se ele reconhece que mente compulsivamente é um ponto positivo para tentar começar um tratamento. Caso contrário a melhor opção é pedir ajuda aos familiares.
O principal tratamento para a condição é feito com psicoterapia, pois somente nesse processo ele entende que seus desejos não condizem com a realidade. Assim, ele pode identificar gatilhos que levam à fuga da mentira.