Metapneumovírus é diferente do vírus da Covid-19: entenda

Especialista explica que o metapneumovírus é bem mais brando do que o vírus causador da Covid-19, contudo, ainda merece cuidado e atenção.

Thyago Soares | 9 de Janeiro de 2025 às 11:25

Doença preocupa autoridades da China. - urfinguss / iStock

A crescente nos casos de infecção pelo HMPV, o metapneumovírus humano, está deixando muitas pessoas preocupadas ao redor do globo. Apesar do fato de que a OMS e o governo chinês estão monitorando de perto a situação, muita gente acabou se preocupando com a possibilidade de vivermos uma nova pandemia, tal qual ocorreu com a Covid-19.

Em entrevista à CNN, o Dr. Ralcyon Teixeira, diretor do Hospital Emílio Ribas, esclareceu que o vírus causador da Covid-19 e o metapneumovírus humano são naturalmente bastante diferentes quando se trata de gravidade.

Segundo o especialista, o SARS-CoV-2, que é o vírus causador da Covid, é tido como um membro do grupo de vírus capazes de causar infecções respiratórias graves e afetar os pulmões de forma mais alarmante. O médico destaca que o metapneumovírus humano se enquadra em uma categoria mais branda, bem menos severa e comparável aos vírus causadores de resfriados comuns.

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“O metapneumovírus, assim como o vírus sincicial respiratório e alguns outros, fica num outro patamar, como o rinovírus, que são vírus que causam mais resfriados. Então são grandezas diferentes”, esclareceu o especialista.

Embora os vírus sejam bastante diferentes entre si, Teixeira destaca que é sim necessário monitorar o avanço dos casos e as mutações do vírus do HMPV. Contudo, o profissional reforça que as proporções entre os casos de Covid-19 e do HPMV são muito distintas em termos de impacto e gravidade.

A atenção especial fica por conta das crianças menores de 14 anos, que segundo o infectologista, estão entre os indivíduos mais afetados pelo HPMV. “É claro que há mais preocupação em crianças, o que não aconteceu na Covid. O metapneumovírus tem uma capacidade de poder fazer um agravamento maior em crianças, mas não com aquelas taxas de complicação e de mortes que a gente viu com a Covid-19”, elucidou.

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