Como qualquer instrumento ou habilidade, a mente sem uso perde sua potência. Confira exercícios para manter a mente ativa na velhice!
Julia Monsores | 29 de Outubro de 2019 às 13:00
Como qualquer instrumento ou habilidade, a mente sem uso perde sua potência. Durante toda a vida, devemos nos esforçar para estar cercados por muitos estímulos, de modo a manter a mente ativa e a saúde mental. Mas você sabe como isso é possível?
Embora comecemos a perder células cerebrais pouco depois dos 20 anos, aos 80 ou 90 anos a maioria ainda está preservada e funcionando tão bem quanto antes. Nessa idade, porém, o corpo pode ser mais lento. Assim, é quase certo que os tempos de reação e os reflexos tenham começado a diminuir.
Os idosos pensam diferente em vários aspectos. Elas demoram mais para chegar a uma conclusão. Em geral, é uma conclusão mais equilibrada, baseada em uma avaliação mais abrangente.
Se você vive na frente da televisão, não está usando o encéfalo. Para manter a mente ativa é preciso estimulá-la com regularidade.
O exercício intelectual frequente é um ótimo antídoto para a doença de Alzheimer e outras formas de demência senil. Se você começar bem cedo, talvez consiga evitá-las. Os cientistas recomendam exercícios cerebrais a partir dos 30 anos como método de obter saúde mental duradoura.
Pesquisadores constataram que o estudo e a educação continuada também protegem as pessoas contra os piores efeitos da doença de Alzheimer na velhice. Essa capacidade de aprendizado persiste durante toda a vida, e inúmeros idosos fazem cursos sobre assuntos que nunca estudaram antes.
Um componente essencial para a saúde cerebral é o estímulo. Para o envelhecimento próspero, não é suficiente manter as mesmas atividades, ano após ano. O encéfalo precisa de novos estímulos para continuar sendo um órgão saudável e funcionante. No início, responde a novo desafio, mas seu crescimento diminui à medida que a novidade se esgota. Se você faz o mesmo tipo de palavras cruzadas há anos, experimente níveis mais difíceis ou procure um jogo no qual sejam usadas diferentes habilidades que estão latentes.
Nos últimos 25 anos, os principais estudos sobre envelhecimento constaram que o declínio mental, a perda da mente ativa, não é inevitável à medida que envelhecemos: algumas demências podem ser prevenidas. E, esses mesmos estudos comprovam: o interesse preservam a saúde cerebral. Por isso, confira essas atividades que ajudam a manter a mente ativa!
O bridge ou o xadrez proporcionam enorme estímulo mental. Os jogadores de bridge precisam usar a memória operacional, mostrar iniciativa, escolher cartas e manter muitos itens em sequência, ao passo que quem joga xadrez precisa fazer planos antecipados e usar a lógica e a estratégia. Esses estímulos mentais usam o lobo frontal – estudos mostraram que isso também estimula a produção de leucócitos, fortalecendo o sistema imune.
Os passatempos podem ser a salvação da saúde mental e quase todos são úteis. O importante é que você goste e se interesse e que, de preferência, haja um componente mental. Por exemplo, colecionar selos para preencher páginas de um álbum traz pouco benefício mental, mas colecionar selos sobre um tema ou pesquisar a respeito do selo ou da imagem estimulam a mente.
Ler um livro desenvolve vários processo de raciocínio e ajuda a estimular a imaginação. Outro exercício mental útil para ampliar a capacidade verbal é, sempre que chegar ao fim de um capítulo, imaginar que precisa resumi-lo ao máximo. Você pode fazer o mesmo com o livro todo quando terminar a leitura.
Quebrar a cabeça para encontrar as respostas das palavras cruzadas ajuda a evitar a deteriorização mental. Um estudo importante mostrou que fazer palavras cruzadas regularmente reduz em 30% o risco de doença de Alzheimer. Outros exercícios mentais para desenvolvimento da lógica são experimentar modos diferentes de lembrar a lista de compras, como classificar os alimentos em crus ou cozidos.
Aprender coisas novas é um modo de permanecer em constante estímulo. Aprender uma língua estrangeira, por exemplo, é uma das formas mais radicais de estimulação intelectual.