Após 8 meses, o câncer voltou no corpo da cantora em 4 lugares diferentes do corpo
Luana Viard | 7 de Outubro de 2024 às 13:45
Em uma entrevista recente, o oncologista Jorge Abissamra comentou sobre o caso da cantora Preta Gil, que está passando por uma batalha contra um câncer no intestino, diagnosticado em 2023. Embora inicialmente tenha sido considerada curada em dezembro daquele ano, a doença retornou após oito meses, afetando quatro áreas diferentes: dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter.
O especialista ressaltou que Preta Gil tem tido um impacto importante ao inspirar outros pacientes, ao compartilhar abertamente detalhes sobre sua condição. Ele comentou que, embora o tipo de câncer que a cantora enfrenta seja frequente, ele é reconhecido por sua natureza agressiva.
"Ela desafiou preconceitos ao tornar pública sua experiência e suas dificuldades, especialmente em relação ao uso de bolsa de colostomia", revelou o médico durante conversa com a CARAS Brasil, sugerindo a chance de a cantora estar enfrentando um adenocarcinoma de cólon, um dos tipos mais comuns e agressivos de câncer do sistema gastrointestinal.
Apesar de alguns casos dessa doença terem um impacto menos severo nos pacientes, o caso de Preta Gil é especialmente complicado devido à reincidência e à disseminação para várias áreas. O oncologista esclareceu que a reaparição do câncer em diferentes locais exige abordagens terapêuticas diferentes das usadas anteriormente.
"O tratamento anterior não impediu o retorno da doença, o que provavelmente exigirá a introdução de novos medicamentos pela equipe médica que a acompanha", explicou o profissional.
Abissamra também esclareceu as características do câncer nos linfonodos, popularmente chamados de ínguas. Ele destacou que essas estruturas desempenham um papel fundamental na maturação das células de defesa do corpo, mas frequentemente são os primeiros locais onde a doença ressurge, quando as células malignas conseguem superar as defesas naturais do organismo.
"Os linfonodos aumentam de tamanho devido à concentração de células tumorais e podem ser os pontos iniciais de disseminação para outras áreas como o peritônio e o ureter", revelou o médico.
O especialista concluiu ressaltando a relevância de um tratamento especializado e contínuo para enfrentar a complexidade do estado clínico atual de Preta Gil, enfatizando que cada novo foco da doença demanda uma abordagem médica cuidadosamente elaborada.
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