Se não tratada, a asma pode colocar em risco a vida da mãe e do bebê. Descubra como cuidar da asma durante a gravidez e evite complicações.
Redação | 9 de Dezembro de 2019 às 19:00
As mulheres costumam pensar que, assim que descobrem que estão grávidas, devem jogar fora todos os medicamentos – prescritos ou de venda livre – para não prejudicar o bebê em desenvolvimento. Bem, pode ser verdade para algumas substâncias, mas existem muitos medicamentos considerados seguros para gestantes. Aqui está o que sabemos com certeza (com toda a certeza que alguém pode ter, levando em conta que é antiético fazer testes com grávidas, e a maioria das informações está baseada no uso por tempo prolongado). O Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia e o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas sugerem as seguintes orientações com relação a medicamentos para asma e alergias. Ainda assim, evite tomar medicamentos no primeiro trimestre de gestação.
Deve ser a terapia de primeira linha para gestantes que têm asma.
Se o cromoglicato não controlar os sintomas, iniciar budenosida (Pulmicort) por via inalatória. A budenosida é o único esteróide inalado aprovado pela FDA como medicamento da categoria B, significando que costuma ser segura durante a gravidez. Um estudo sueco de 1995 a 1998 constatou que mães que usaram budesonida tiveram bebês com tempo, peso e comprimento normais, sem aumento da incidência de natimortos ou nascimentos múltiplos.
Se a mulher teve uma boa resposta a esses agentes antes de engravidar, ela e o médico podem pensar em mantê-los.
A imunoterapia em dose constante pode ser mantida, mas não deve ser usada pela primeira vez durante a gravidez.
Broncodilatadores de ação curta, como albuterol ou salbutamol (Aerolin), podem ser empregados durante a gravidez, enquanto o ipratrópio (Atrovent) só deve ser usado se necessário. Outra opção é a terbutalina (Bricanyl), especialmente segura durante a gravidez, visto que costuma ser usada por via intravenosa para interromper trabalho de parto prematuro.
Loratadina (Claritin) e cetirizina (Zyrtec) são, todas, opções seguras.
Há anos as gestantes usam o descongestionante pseudoefedrina (presente em associações de medicamentos), mas relatos sugerem haver um discreto aumento de defeitos da parede abdominal em recém-nascidos; por isso, deve-se evitar descongestionantes orais durante o primeiro trimestre da gravidez. Uma boa alternativa é a irrigação com soro fisiológico.