Ator relembrou momento difícil com herpes-zóster e fez alerta sobre importância da vacinação
O ator Marcelo Faria, de 53 anos, voltou a falar sobre o diagnóstico de herpes-zóster que recebeu há três anos. Em entrevista ao jornal O Globo, ele relembrou o período delicado que enfrentou e fez um alerta sobre a importância da prevenção e vacinação contra a doença.
“O diagnóstico veio há três anos. Eu tinha pouco tempo de namoro e tínhamos marcado uma viagem no aniversário da minha mulher para a Europa. E eu fui com aquele troço, cara. Foi muito desagradável, muito ruim, porque eu não conseguia dormir”, contou o ator.
Marcelo explicou que o herpes-zóster, também conhecido como cobreiro, provocou dores intensas e exigiu cuidados rigorosos no tratamento.
“A água tinha que ser mais fria, porque a água quente é uma coisa que atrapalha o tratamento. Hoje eu já sou vacinado, mas eu vou te falar que eu sinto na minha pele até hoje. É uma doença que eu não desejo para ninguém, é muito ruim.”
Em setembro, o ator já havia falado sobre o tema em suas redes sociais, relembrando a experiência e incentivando os seguidores a participarem da consulta pública que discute a incorporação da vacina contra o herpes-zóster ao SUS.
“Hoje eu quero compartilhar com vocês uma experiência que eu vivi na pele. Eu tive o herpes-zóster. Foi inesperado, foi doloroso, me marcou, marcou bastante”, escreveu o ator na época.
Consulta pública sobre vacina contra o herpes-zóster
O ator explicou que a consulta pública aberta pelo Ministério da Saúde avalia a possibilidade de oferecer a vacina gratuitamente a pessoas com mais de 80 anos e adultos imunocomprometidos, ou seja, com imunidade baixa.
“Hoje, a análise em andamento é sobre a possibilidade da vacina ser oferecida no SUS para pessoas com mais de 80 anos e para adultos imunocomprometidos. No meu caso, eu tive logo ao completar 50 anos de idade.”
Marcelo reforçou que a doença é causada pelo mesmo vírus da catapora (varicela-zóster), que pode permanecer adormecido no organismo por anos e ser reativado em situações de queda de imunidade, estresse ou envelhecimento.
“Foi uma dor intensa. Eu descobri na prática mesmo como que essa doença pode impactar na nossa vida. E muita gente por aí também pode estar correndo esse risco. Essa doença é causada pelo mesmo vírus da catapora que fica adormecido no corpo e pode ser reativado a qualquer momento da nossa vida.”
O que é o herpes-zóster?
O herpes-zóster é uma infecção viral que causa erupções e bolhas dolorosas na pele, geralmente em uma faixa de um lado do corpo. A condição é provocada pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora. Segundo o Ministério da Saúde, qualquer pessoa que já teve catapora pode desenvolver herpes-zóster, mas o risco aumenta com a idade ou com o enfraquecimento do sistema imunológico.
Os principais sintomas incluem:
- dor intensa e queimação na região afetada;
- erupções cutâneas em forma de faixa;
- coceira, formigamento e sensibilidade ao toque;
- febre e mal-estar em alguns casos.
A doença não é transmitida de pessoa para pessoa pelo simples contato, mas o vírus pode causar catapora em quem nunca teve a infecção ou não foi vacinado.
Prevenção e tratamento
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir o herpes-zóster e reduzir a gravidade dos sintomas. No Brasil, a vacina está disponível na rede privada e vem sendo analisada para inclusão no SUS.
O tratamento inclui antivirais, analgésicos e anti-inflamatórios, e deve ser iniciado o quanto antes para evitar complicações, como a neuralgia pós-herpética — dor que pode persistir mesmo após o desaparecimento das lesões.