Uma das perguntas recorrentes acerca do câncer de mama é: como ele surge? Nem sempre existem fatores de risco, mas é sempre bom se cuidar.
Entre os mistérios restantes acerca do câncer de mama está algo simples: suas causas. Não é incomum que mulheres desenvolvam esse tipo de câncer sem ter um único fator de risco conhecido.
Muitos dos fatores identificados até agora estão além de nosso controle. Entre esses fatores se encontram: genes específicos, histórico familiar, tecido mamário denso, menopausa tardia etc. Ainda assim, há algumas medidas preventivas que você pode tomar.
O álcool
A primeira é beber pouco. Estudos realizados em todo o mundo descobriram que, quanto maior a quantidade de álcool consumida regularmente, maior o risco. “Essa relação está muito bem estabelecida, embora não seja um dos fatos relativos ao câncer a receber mais atenção”, afirma Kevin O’Hagan, porta-voz da Sociedade Irlandesa do Câncer.
Mesmo duas doses por dia já elevam o risco de câncer de mama em comparação com a abstinência, ainda que em apenas 7% a 16%. (Por outro lado, uma mutação no gene BRCA1 como a de Angelina Jolie pode aumentar o risco em até 2.900%.) Uma explicação possível é o fato de o álcool elevar os níveis de estrogênio, que promove alguns tipos de câncer de mama, ao mesmo tempo em que diminui os níveis de nutrientes essenciais, como a vitamina A, que protege contra danos celulares.
No Brasil, a taxa de incidência de câncer de mama estimada para 2018 é de 59.700. (Fonte: Inca)
Hormônios
O estrogênio extra e a exposição à progesterona também são motivos pelos quais as mulheres devem avaliar tratamentos hormonais com cuidado, incluindo terapias de reposição hormonal e anticoncepcionais. No entanto, há boas notícias para as usuárias da pílula. O risco de câncer de mama volta ao nível inicial quando elas ficam cerca de 10 anos sem tomá-la. Para muitas mulheres, esses tratamentos podem valer o pequeno aumento no risco de câncer de mama, dados os benefícios da contracepção e do alívio dos sintomas da menopausa.
Exercícios
Quando se trata de controlar seu risco, permanecer ativa é fundamental. Os efeitos protetores do exercício contra o câncer de mama ainda requerem mais estudos. No entanto, pesquisas já mostraram que meras 2,5 horas de caminhada vigorosa por semana estão valendo. Elas podem reduzir a chance de desenvolvimento da doença em cerca de 18% em relação a um estilo de vida sedentário.
Lembre-se de que a prevenção não é tudo ou nada. Ninguém vive livre de riscos, e esse não é um objetivo realista. Mas estar ciente deles significa que você pode tomar algumas medidas, como, por exemplo, fazer mamografias antes dos 50 anos.
Por Samantha Rideout