Apesar de a vacina contra o sarampo estar disponível desde 1963, a doença ainda é uma das principais causas de morte entre crianças pequenas.
Segundo o Ministério da Saúde, passa de 10 mil o número de casos de sarampo confirmados no Brasil, no período de janeiro-2018 a janeiro-2019. De acordo com o estudo, são 10.274 registros confirmados e dois estados estão com surtos dessa doença: Amazonas (9.778 casos) e Roraima (355). Mas, de acordo com o ministério, o número de novos casos vem caindo.
Uma força-tarefa foi realizada no fim de 2018 para concluir casos que estavam em investigação em Manaus, com mais de 7 mil casos nessa situação. “Nas últimas semanas, houve diminuição na notificação de casos novos em Amazonas e em Roraima”, informou o ministério, .
Foram 12 as mortes causadas pela doença em três estados: 6 no Amazonas, 4 em Roraima e 2 no Pará.
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O sarampo é tão contagioso quanto a gripe, e a vacina está disponível desde 1963. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, que orienta sobre essa e outras doenças, “não existe tratamento antiviral específico contra o vírus do sarampo, mas todas as crianças com diagnóstico de sarampo devem receber duas doses de suplementos de vitamina A, com intervalo de 24 horas. Esse tratamento restaura os baixos níveis de vitamina A, que, durante a doença, ocorrem mesmo em crianças bem nutridas. Além disso, pode ajudar a prevenir danos oculares e cegueira. Os suplementos de vitamina A demonstraram, de fato, reduzir em 50% o número de mortes por sarampo. Imunizar uma criança contra o sarampo custa menos de US$ 1”.
Sintomas
Os sintomas iniciais apresentados pela pessoa doente são:
♦ febre acompanhada de tosse persistente
♦ irritação ocular
♦ coriza e congestão nasal
♦ mal-estar intensoDepois aparecem as manchas avermelhadas no rosto, que vão em direção aos pés, com duração mínima de três dias. As lesões na boca costumam ser muito dolorosas. O sarampo pode atacar o sistema nervoso central e ser muito grave. Pode complicar com infecções secundárias, como pneumonia, podendo levar à morte. Os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências ou desnutridas são mais propensas a ter complicações.
Transmissão
É possível a contaminação, além de secreções respiratórias ou da boca. E também por meio da dispersão de gotículas contaminadas de saliva com partículas do vírus no ambiente. Já que o vírus pode sobreviver por tempo relativamente longo no recinto, especialmente em locais fechados como escolas, clínicas e hospitais. Ou seja, o sarampo é transmitido diretamente, de pessoa para pessoa, em geral por tosse, espirros, fala ou respiração, promovendo a facilidade de contágio da doença. Na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite, é quando o sarampo está no estágio mais mais perigoso de contágio. E, de fato, dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas na pele.
Prevenção
Todos são vulneráveis ao vírus do sarampo e A ÚNICA FORMA DE PREVENÇÃO É A VACINAÇÃO. Se as mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas, seus lactentes possuem, temporariamente, anticorpos transferidos pela placenta. Isto é, que imunizam o bebê no primeiro ano de vida (entretanto, pode interferir na resposta à vacinação). A amamentação, recomendada exclusivamente nos seis primeiros meses, também é um escudo de imunidade para o bebê.
Veja aqui o calendário de vacinação pra o primeiro ano de vida.
Com a constância das campanhas de vacinação promovidas pelo Ministério da Saúde, o Brasil e os demais países das Américas vêm conseguindo manter seus habitantes livres da doença. Desde o fim dos anos 1990, há medidas de controle, vigilância e reforços das estratégias de vacinação. Elas vêm sendo implantadas em todo o continente americano. De fato, o que há hoje é o registro de casos importados. Mas que, se não forem controlados de forma eficiente, podem resultar em surtos e epidemias.
Sendo assim, as pessoas entre seis meses e 39 anos estão no principal grupo de risco. Da mesma forma, trabalhadores de portos e aeroportos, hotelaria e profissionais do sexo, entre os adultos, apresentam maiores possibilidade de contrair o sarampo. Sobretudo, graças à maior exposição a indivíduos de outros países. A saber, países que não adotam a mesma política intensiva de vacinação contra a doença.
“As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo, e caxumba (tríplice viral). A primeira dose, com um ano de idade; a segunda, entre quatro e seis anos”, segundo a Fiocruz. Os adolescentes, adultos (homens e mulheres), ainda mais no atual momento do risco de importação de casos, bem como, os pertencentes ao grupo de risco, devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).
Fonte: Fiocruz
Consulte o portal do Ministério da Saúde para saber tudo sobre essa e outras enfermidades, além das vacinas para essa e outras doenças.