No mês do combate à leucemia, saiba como identificar os sintomas da doença. e conheça os diferentes tipos de leucemia e seus tratamentos.
Douglas Ferreira | 1 de Março de 2021 às 15:00
A Leucemia é um câncer maligno que afeta diretamente as células brancas do sangue, também conhecida como leucócitos. Elas são consideradas as células de defesa do organismo e, com o avanço da doença, o corpo perde a capacidade de combater infecções.
Todos os tipos de leucemia afetam a medula óssea – local onde pode ser observado os primeiros sinais da doença – e se espalham pelo corpo através do sangue. Além de afetar a produção dos glóbulos brancos, o desenvolvimento da doença interfere na geração de glóbulos vermelhos e plaquetas, fazendo com que surjam inflamações, anemia e até hemorragia, nos casos mais graves.
Pesquisadores ainda realizam estudos para tentar entender a origem da doença. Mas já foi comprovado que o risco é maior para fumantes e pessoas que usam ou estão em contato com substâncias químicas, como benzeno, metanal ou formol (em forma líquida) e agrotóxicos.
Pessoas que são expostas à radiação excessiva também estão mais sujeitas a terem a doença, assim como quem sofre com doenças hereditárias.
A leucemia não costuma causar sintomas no estágio inicial, mas quando avança, o paciente pode passar a ter sangramentos e apresentar manchas roxas pelo corpo.
Além desses sintomas mais graves, sinais como febre sem explicação, fraqueza, fadiga, perda de peso repentina, anemia, infecções recorrentes, sangramento no nariz ou gengiva, suores noturnos, petéquias e perda de apetite também podem indicar o surgimento da doença.
Se o paciente apresentar alguns dos sintomas mencionados acima, é essencial procurar atendimento. O diagnóstico começa com a investigação através de um hemograma, que é um simples exame de sangue. Caso o resultado apresente alterações nos leucócitos, plaquetas e hemácias, o paciente é submetido a outros exames.
Um deles é o mielograma, que é realizado com o sangue retirado diretamente da medula óssea. Também recomenda-se a biopsia para atestar o tipo de leucemia que o paciente tem.
Apesar de ser uma doença muito grave, se a leucemia for descoberta bem no início, tem grandes chances de cura; principalmente nos casos de leucemia infantil. Por isso, é preciso ter atenção aos sintomas.
Em casos de leucemia aguda, o paciente passa por quimioterapia e costuma ficar internado, para que os médicos possam ter o controle das infecções que venham a surgir no corpo devido às mudanças dos glóbulos sanguíneos.
O tratamento da leucemia crônica varia para cada tipo da doença. A mieloide crônica, por exemplo, é combatida com comprimidos via oral, que bloqueiam a multiplicação das células cancerígenas.
A leucemia linfóide crônica pode ser combatida tanto com a quimioterapia quanto com remédios e anticorpos orais. Além desses tratamentos, também existe o transplante de medula óssea, que serve para as leucemias agudas e crônicas, mas só é recomendado para casos mais graves, em que o paciente não responde aos medicamentos.
Existem cerca de 12 tipos de leucemia, mas as mais diagnosticadas no Brasil são a Mieloide Crônica, Mieloide Aguda, Linfocítica Crônica e Linfoblástica Aguda. Saiba mais sobre cada uma delas.
Trata-se do câncer dos leucócitos imaturos que produzem neutrófilos. Ele pode atingir pessoas de qualquer idade, mas as que já passaram por quimioterapia são mais suscetíveis.
Seus sintomas são caracterizados pela insuficiência da medula óssea, aumento do baço, fadiga leve e anemia. O diagnóstico é feito por amostra de sangue e o tratamento é baseado em quimioterapia.
É o câncer de um tipo de leucócito imaturo da medula óssea. Também pode acometer desde pessoas mais jovens até idosos, com riscos maiores para quem foi submetido a altas doses de quimio ou radioterapia ministrados em tratamentos anteriores.
Os sintomas habituais são cansaço, febre e emagrecimento repentino. Em alguns casos também pode haver sangramento na gengiva e equimose. Para diagnóstico da doença, são feitos exames de sangue e da medula óssea. O tratamento inicial é feito com quimioterapia, mas pode ser necessário o transplante de células-tronco.
Esse tipo de leucemia afeta os linfócitos no sangue e nos linfonodos e é mais comum em idosos. Ela progride lentamente e pode demorar a gerar sintomas, mas quando eles aparecem, podem incluir fadiga, inchaço dos gânglios linfáticos e hematomas.
O tratamento é recomendado de imediato, logo após o diagnóstico, e pode ser feito com quimioterapia. Nos casos mais agressivos, os médicos podem recomendar o transplante de células-tronco.
Esse tipo de câncer é mais comum em crianças e se torna raro após os 15 anos. Ele é caracterizado pelo alto número de linfócitos imaturos na medula óssea e no sangue. Os sinais da doença são sintomas de cansaço, emagrecimento, febre, sangramento gengival e equimoses incomuns. Os pacientes também costumam sentir dores nas articulações e na barriga, devido ao aumento do baço.
O diagnóstico é feito com análise de amostras de sangue e da medula óssea e a quimioterapia geralmente é iniciada poucos dias após o diagnóstico. Seguindo o tratamento corretamente, há grandes chances de cura em poucos meses.
Atenção:
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.