De uns tempos para cá, o leite Ninho virou febre nas mesas e lares brasileiros. Confira as propriedades nutritivas desse leite em pó.
Julia Monsores | 10 de Maio de 2021 às 16:00
De uns tempos para cá, o leite Ninho virou febre nas mesas e lares brasileiros. Esse leite em pó é utilizado em diversas receitas, sobretudo em sobremesas, e apesar da popularidade ainda está envolto em muitas dúvidas. Por isso, conversamos com a nutricionista Maristela Fidelis, que respondeu as principais questões sobre esse alimento — inclusive se o leite ninho está liberado para bebês e se diabéticos podem consumi-lo.
Continue acompanhando para saber mais! E se quiser, aproveite e confira também se beber leite ainda faz bem para você.
O leite é um dos alimentos mais consumidos do mundo. E sua versão em pó também não fica para trás. No Brasil, segundo um levantamento feito pela Kantar Worldpanel, houve um crescimento no setor, e atualmente mais de duas milhões de pessoas consomem o leite em pó. Mas por que é tão popular? De fato é um alimento saudável?
“Além das vitaminas e minerais, como o fósforo, cálcio e complexo B, há também macronutrientes presentes no leite, que são as gorduras, carboidratos e proteínas. O leite Ninho se refere a uma marca, e na maioria de seus leites há uma fortificação de nutrientes. Nem todos os leites em pó têm esse acréscimo, mas o Ninho, na maioria das formulações, têm”, explica a nutricionista Maristela.
Atualmente, há 8 formulações de leite Ninho, que são:
“Diabéticos podem tomar leite, mas é importante que seja contabilizado na dieta total. Essa recomendação também serve para as crianças — elas podem, sim, consumir, desde que não haja nenhuma contraindicação de intolerância alimentar. Já para as crianças menores de um ano não é recomendado o consumo”.
O leite em pó não se diferencia tanto do leite em sua forma líquida. A grande diferença está no método de obtenção.
“Em pó, o que acontece é um processo de retirada da água do leite. Há apenas um pouco de perda de nutrientes, mas a perda total é baixa. Então é um leite saudável quanto o leite líquido. A vantagem é que ele não estraga tão rápido quanto a versão líquida. Ambas têm cálcio, algumas vitaminas do complexo B, fósforo, potássio, zinco e magnésio”, explica a nutricionista Maristela.
Confira aqui como preparar leites vegetais!
O leite materno é o alimento ideal para a criança, e por isso não pode ser substituído por outra fonte de leite, como o Ninho. Ele reduz o risco de mortalidade, evita diarreia, infeções, problemas respiratórios, diminui o risco de diabetes, hipertensão e outras doenças. “Além de ser uma conexão entre bebê e a mãe, uma vez que a amamentação é um laço entre os dois”, acrescenta a nutricionista Maristela.
Leia também: puerpério — médica explica importância de acolher mais e julgar menos
A recomendação do Ministério da Saúde é que seja consumido leite materno de forma exclusiva até os seis meses, e depois que se continue com a amamentação até dois anos ou mais — na chamada amamentação prolongada.
“O leite de vaca pode causar gases, cólicas, além de não ter as mesmas vitaminas e minerais em equilíbrio como o leite materno. Devido a sua constituição diferente, pode causar problemas gastrointestinais no bebê, que ainda não tem o trato gastrointestinal maduro para receber esse tipo de leite”, explica Maristela.
A nutricionista acrescenta que o leite de vaca e o materno se diferenciam no tipo de proteína. “No leite humano, 80% do conteúdo da proteína é lactoalbumina, já no leite de vaca é a caseína”.