Eduarda, que apresentava sintomas de hipertensão, mal podia imaginar que estava convivendo com uma grave doença.
A jovem Eduarda de Oliveira Karpinski de 24 anos foi internada para a retirada do apêndice. No entanto, não fazia ideia de que estava sofrendo de um mal bem maior.
Leia também: Febre maculosa: tudo que você precisa saber sobre a doença mortal que preocupa autoridades.
Em entrevista ao portal Viva Bem, do UOL, a estudante de medicina em uma faculdade do Paraguai relatou o episóidio vivido.
Tudo começou em 2018, quando Eduarda começou a sofrer com sintomas de hipertensão e teve um pico durante uma aula.
Após ser atendida por um professor, a jovem foi ao cardiologista. Ao ser consultada, o médico afirmou estar tudo certo, porém indicou uma dieta para Eduarda por conta do excesso de peso.
Quando voltou para casa, sentiu uma forte dor no abdome e começou a vomitar sem parar. Em um hospital do Paraguai , a garota afirma ter sido examina de maneira superficial e medicada com remédio de virose, o que não adiantou.
De volta ao Brasil, Eduarda fez um ultrassom que constatou diversas coisas: um apêndice retroperitoneal, com a ponta para dentro do abdome, uma peritonite, inflamação que reveste a parede abdominal e cobre os órgãos abdominais, e uma sepse, infecção generalizada.
Eduarda foi diretamente encaminhada para uma cirurgia que durou de 3 a 4 horas, e ficou um tempo a mais no hospital para se recuperar da quantidade de pus retirada.
Poucos dias depois da operação, ao comemorar um gol durante a Copa do Mundo, a estudante de medicina acabou vomitando sangue. De volta ao hospital, um raio-X detectou um derrame pleural, provavelmente provocado por uma pneumonia.
"No dia em que cheguei ao hospital, levantei para ir no banheiro e a minha cicatriz abriu inteira e começou a vazar líquido da barriga. Me indicaram uma laparotomia, aquele corte bem grande na barriga para tirar todos os órgãos e limpá-los, mas um pouco antes da cirurgia avisaram que a tomografia, que fiz quando cheguei, constatou uma embolia pulmonar", disse.
Após uma fisioterapia respiratória, devido ao derrame, a garota sofreu com sequelas, e após isso, foi inciada uma uma investigação que durou aproximadamente 6 meses.
Em 2019, Eduarda foi diagnosticada com lúpus, o que explicou todas as complicações sofridas pela jovem.
"Nesse período perdi 23 quilos. Descobri que o lúpus nasceu comigo e se manifestou em um momento em que meu corpo estava mais frágil. Por causa dele, também demorei pra ter os sintomas da infecção", explicou.
Apesar do susto e do medo no primeiro momento, Eduarda iniciou o tratamento com remédios, entre eles, a hidroxicloroquina.
Em 2021, os exames indicaram a remissão da doença.
"Não soube bem por que aconteceu isso, mas sei que pode voltar porque é uma doença sem cura".
Siga a gente nos nossos perfis no Facebook, Instagram, Twitter e Pinterest para estar sempre atualizado!