Veja o que dizem os especialistas sobre os efeitos da quimioterapia na gestação.
A influenciadora Isabel Veloso foi um tópico muito comentado em agosto quando anunciou que estava grávida de seu primeiro filho. A informação gerou dúvidas no público, que acompanhava seu conteúdo principalmente pois ela ganhou notoriedade ao contar suas experiências como uma pessoa diagnosticada com Linfoma de Hodgkin.
Isabel Veloso explicou antes da revelação da gravidez que havia parado seu tratamento, realizando somente cuidados paliativos, no entanto, falou na última quarta (09) sobre retomar a quimioterapia.
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Quimioterapia tem impacto na gravidez?
Isabel Veloso estava interagindo com seus seguidores através de uma caixinha de perguntas no instagram, e disse que está na 19ª semana de gestação. De acordo com a influenciadora, o tratamento não é para fins de cura, mas sim para aumentar sua expectativa de vida, pois os tumores no pescoço e mediastino voltaram a crescer. Segundo ela, seu bebê já está desenvolvido, e a retomada da quimioterapia não teria impacto em sua formação, apenas poderia causar um parto prematuro.
De forma geral, especialistas afirmam que a quimioterapia não é indicada no início da gestação, porém a partir do segundo semestre o tratamento não deve afetar o feto. Isso é o que explica a oncologista clínica da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Debora Gagliatto, ao portal Dráuzio Varella.
“Não é indicado realizar nenhum tipo de quimio no início da gestação, porque o feto ainda é muito pequeno e está se desenvolvendo. Mas a partir do segundo e terceiro trimestres já se pode fazer, aliada a outros tratamentos, como cirurgia, por exemplo. Por mais que assuste, é importante dizer que o tratamento quimioterápico após esse período não tem risco de causar malformações, nem problemas de cognição pro bebê.”
Em contrapartida, radioterapia e hormonioterapia não são recomendadas durante a gravidez.
Gravidez pode ser levada adiante mesmo com quimioterapia
Dessa forma, a necessidade de ser tratada com quimioterapia não deve ser vista como um impeditivo para a gravidez. Dependendo do quadro da paciente e dos cuidados necessários, é possível garantir a segurança da gestante e do bebê. Há casos em que os efeitos colaterais são mínimos.
“A nossa abordagem sempre se baseia na avaliação cuidadosa dos riscos e dos benefícios, levando em conta o tipo de câncer e o tratamento indicado. Em alguns casos, conseguimos optar por terapias que minimizam os efeitos adversos, permitindo que a gestante continue sua gravidez de maneira saudável”, explicou a diretora médica nacional da Linha Obstétrica da Hapvida NotreDame Intermédica, Christine Marques Ferreira, à jornalista Gabriela Maraccini.
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