Organização irá adicionar o item na lista de substâncias cancerígenas
Carol Ávila | 29 de Junho de 2023 às 16:10
De acordo com informações obtidas pela Reuters, uma pesquisa conduzida pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) concluiu que o aspartame, uma substância química presente em praticamente todos os refrigerantes adoçados do planeta, como Coca-Cola Zero e Pepsi Black, pode causar câncer em seres humanos.
Assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve anunciar a inclusão do adoçante aspartame à sua lista de substâncias cancerígenas nesta semana.
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A recente decisão da IARC foi tomada com base nas opiniões de especialistas de todo o mundo, e tem como objetivo fornecer esclarecimentos sobre o potencial dano que o aspartame pode causar à saúde humana, com base em pesquisas já realizadas sobre o tema. A inclusão do aspartame na lista de substâncias cancerígenas é resultado da análise criteriosa e abrangente conduzida pela agência.
Embora tenha determinado os riscos associados ao aspartame, a entidade ainda não consegue estabelecer qual é a quantidade segura para o consumo humano dessa substância. Essa responsabilidade é atribuída à JECFA (Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares), uma convenção entre a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a OMS, além das autoridades governamentais.
A falta de consenso científico sobre a segurança do aspartame tem gerado debates acalorados entre especialistas. A própria JECFA afirma desde o ano de 1981 que uma pessoa poderia beber até 12 latas de refrigerante com aspartame por dia sem correr riscos à saúde.
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No entanto, os recentes estudos podem contestar essa afirmação. A Coca-Cola do Brasil dedicou uma página de seu website para refutar os malefícios do aspartame.
"O aspartame é um dos ingredientes alimentares mais exaustivamente pesquisados no mundo, mas entendemos que você tenha dúvidas. Aqui estão os fatos: mais de 200 estudos científicos apoiam sua segurança", diz a empresa.
Em maio deste ano, a OMS já havia alertado sobre a presença de adoçantes na dieta humana. "Os adoçantes sem açúcar não são fatores alimentares essenciais e não têm valor nutricional. As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde", afirmou o diretor de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, Francesco Branca.
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