Novas descobertas científicas indicam que a imunidade celular contra o Covid-19 pode durar até seis meses após a infecção. Os resultados do estudo
Julia Monsores | 7 de Novembro de 2020 às 18:00
Novas descobertas científicas indicam que a imunidade celular contra o Covid-19 pode durar até seis meses após a infecção.
Os resultados do estudo foram divulgados por um grupo de cientistas britânicos da UK Coronavirus Immunology Consortium (UK-CIC), Public Health England e Manchester University NHS Foundation Trust.
De acordo com a pesquisa, a presença das células T, principais defesas contra a infecção viral, permanecem nos indivíduos analisados por todo esse período.
Trata-se do primeiro estudo que explica a reposta imune ao vírus seis meses depois da infecção entre as pessoas assintomáticas ou com doença leve.
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Para esse estudo, foram analisados cerca de 100 voluntários que contraíram o vírus em março ou abril de 2020.
Mensalmente, foram coletadas amostras de soro com vistas a medir os níveis de anticorpos dos participantes. Já as amostras de sangue, coletadas após seis meses para averiguar a resposta celular ao vírus.
De acordo com os resultados, as respostas imunes das células T ao coronavírus estavam presentes em todos os participantes da pesquisa, com predominância nas respostas das células T CD4.
Desde então, os cientistas têm investigado as respostas das células T ao coronavírus, de modo que possa ser possível ver quão duradoura é a influência da resposta imunológica em indivíduos que contraíram Covid-19 e se recuperaram.
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Segundo o coautor do estudo, o professor Paul Moss, “ainda nos resta muito para entender antes de ter uma compreensão completa de como funciona a imunidade contra COVID-19”.
Outro ponto analisado foi que o tamanho da resposta das células T difere entre os indivíduos.
Pelos dados, cerca de 50% dos resultados é mais expressivo em pessoas que haviam experimentado a doença em sua forma assintomática no momento da infecção, seis meses antes.
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De acordo com o Dr. Shamez Ladhani, epidemiologista consultor da Public Health England, os primeiros resultados mostram que as células T podem ter efeitos mais duradouros do que as respostas iniciais de anticorpos.
Desse modo, essas informações podem ter importante influência no desenvolvimento da vacinas.