O herpes-zóster é uma doença causada por um vírus que se desenvolve ao longo do nervo e que causa erupções infecciosas dolorosas na pele.
Redação | 27 de Julho de 2022 às 12:10
Na última segunda-feira (25), a ex-BBB Fernanda Keulla usou as redes sociais para comunicar que estava internada em um hospital após receber diagnóstico de herpes-zóster. A apresentadora contou em seu Instagram um pouco sobre a doença, mas você sabe o que é a herpes-zóster, quais são as causas e como é feito o tratamento?
O herpes-zóstes é uma doença em pessoas jovens e saudáveis. Ela costuma afetar idosos e pessoas com deficiência do sistema imune. Trata-se de uma doença viral que pode provocar fortes dores e erupções na pele.
A erupção tem aparência de bolhas avermelhadas, que ficam restritas a uma pequena zona do corpo. Em geral elas se agrupam em “faixa” e nunca ultrapassam a linha média do corpo, é a característica mais importante para o diagnóstico da infecção.
Ao contrário do que alguns acreditam, o herpes-zóster não tem a ver com o herpes labial ou herpes genital. A doença é causada pelo vírus Varicela-Zoster, o mesmo vírus que causa a catapora.
Após um episódio de catapora, o vírus permanece latente no corpo. Algumas vezes, porém, o vírus pode ser reativado e causar herpes-zóster. Os portadores desta doença devem evitar contato com indivíduos vulneráveis, porque as vesículas são infecciosas e podem causar catapora em uma pessoa não-imune.
De acordo com estimativas, cerca de até 20% dos pacientes acima dos 50 anos que tiveram catapora na infância apresentarão pelo menos um episódio de herpes-zóster. Entre os pacientes com mais de 85 anos essa taxa sobe para mais de 50%.
Como explicado anteriormente, o herpes-zóster surge quando há uma queda nas defesas imunológicas. Entre os fatores de risco podemos citar:
Os sintomas da herpes-zóster ocorrem em três fases. Primeiro, há uma sensação de espetada e formigamento ou uma dor aguda na área afetada. Logo após, há erupção de pequenas vesículas aquosas na pele. Alguns dias depois, as vesículas secam e formam-se crostas – que não devem ser arrancadas, pois podem deixar marcas. O desaparecimento das crostas não costuma deixar cicatrizes visíveis, embora a pele permaneça ligeiramente mais escura na área afetada.
É possível diagnosticar herpes-zóster após o surgimento da erupção cutânea. Antes disso, porém, a dor, em especial quando intensa, pode ser confundida com um infarto. Em caso de dúvida, pode-se examinar uma amostra de tecido das vesículas ao microscópio.
Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menos grave e prolongada será a crise. Provavelmente o médico prescreverá um medicamento antiviral (em geral com aciclovir) na forma de comprimido; se houver acometimento do olho, o aciclovir também é encontrado nas formas de pomada e colírio.
A herpes-zóster desaparece em duas a seis semanas. A dor, porém, pode persistir por alguns meses após a cura da erupção, um distúrbio conhecido como neuralgia pós-herpética. Como um episódio de herpes-zoster não confere imunidade, o distúrbio ocorre novamente em algumas pessoas.