7 hábitos que fazem mal aos dentes e você não sabia

Você cuida da saúde dos seus dentes? Escovar depois das refeições pode não ser o suficiente. Conheça 7 hábitos que fazem mal à saúde bucal.

Amanda Santos e atualizado por Rafaella Gazzaneo | 17 de Maio de 2020 às 20:00

Quando desenvolvemos hábitos de higiene com a intenção de melhorar nosso bem-estar bucal, nem sempre conhecemos os problemas que eles podem nos causar. “Os dentes tendem a ter pouca prioridade em termos de saúde, e algumas coisas ficam de lado”, diz o Dr. Mark Parhar, endodontista da Colúmbia Britânica, no Canadá, especializado nos tecidos moles do interior do dente.

Ainda que haja bastante informação disponível, é verdade que muitas pessoas não dispensam o cuidado necessário com a saúde bucal. Por outro lado, há aqueles até se preocupam, mas na tentativa de acertar, acabam pecando pelo excesso. 

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Um dos erros mais comuns é a escovação com força excessiva, o que pode desgastar o esmalte dos dentes e provocar sensibilidade. Listamos aqui sete práticas que podem estar destruindo seus dentes, saiba como impedir isso!

7 hábitos que fazem mal aos dentes e você não sabia

1. Escovar logo depois de comer 

Sua rotina matinal inclui a escova de dentes logo após o café da manhã? Parabéns por escová-los regularmente, mas o horário precisa de ajustes. Depois de consumir algo ácido como laranja ou tomate, o esmalte amolece temporariamente e fica suscetível a desgaste abrasivo. Se escovar os dentes, ainda mais com força, é possível remover o esmalte, o que provoca sensibilidade. E isso piora com a idade, pois as gengivas tendem a se retrair e expor mais a superfícies das raízes. 
Por isso, seja cauteloso e espere cerca de meia hora antes de escovar. "A saliva é um agente protetor e reduz a acidez do ambiente oral, mas isso leva tempo", diz Gerry Cool, higienista oral de Alberta, no Canadá, e presidente da Associação Canadense de Higienistas Orais.  

2. Medicamentos que provocam boca seca 

Infelizmente, se você tomar um ou mais das centenas de medicamentos que têm o efeito colateral de reduzir o fluxo da saliva — entre eles alguns antidepressivos e analgésicos —, a saúde de sua boca pode sofrer. 
"Os pacientes que tomam esses remédios tendem a ficar com a boca seca e correr mais riscos de ter cáries porque a saliva não está lá para remover fisicamente os restos de alimento e neutralizar os ácidos", diz Dr. Euan Swan, gerente de programas dentários da Associação Dentária do Canadá. 
A solução não é parar com os remédios, a menos que o médico possa oferecer uma alternativa sem esse efeito colateral. Experimente beber golinhos de água durante o dia todo. É possível aumentar o fluxo de saliva com chiclete sem açúcar, balas de hortelã com xilitol e sprays, géis e comprimidos específicos para boca seca. 

 

3. Beber água com limão 

A água com limão pode estar na moda, mas esse hábito pode acabar enfraquecendo o esmalte de seus dentes. O suco de frutas ácidas é um grande responsável pelos casos de erosão dentária atribuída à alimentação. "Mesmo diluindo o suco de limão com água, o nível de ácido na boca aumenta. Se você toma em pequenos goles e faz isso duas ou três vezes por dia durante um período prolongado, eu me preocuparia", diz Gerry Cool. 
Beber depressa não é o ideal, mas é melhor do que ir tomando a mistura ácida devagar; o uso de canudo também reduz os efeitos prejudiciais. Não use água quente demais, porque a temperatura mais alta intensifica o dano aos dentes. E, se vai tomar uma bebida ácida, Gerry sugere beber um copo d'água comum logo depois. 

4. Mastigar gelo 

O gelo não tem calorias nem açúcar, refresca nos dias quentes, costuma ter pH neutro e não gruda nos dentes. Mas também tem seu lado negativo. "O gelo é duríssimo", alerta o periodontista Dr. Hendrike van Drie, dos Países Baixos. "Mastigá-lo prejudica os dentes, porque provoca rachaduras e fraturas no esmalte e nas obturações. Além disso, a exposição constante a temperaturas baixas pode provocar hipersensibilidade da dentina. Às vezes o desgaste é tão grande que muda a mordida, provocando dor nos músculos do maxilar. 

5. Bebericar o vinho 

É verdade que o vinho tinto contém substâncias que aumentam o colesterol bom e promovem a saúde do coração. Mas bebericar, ou seja, fazer a taça de vinho durar duas horas, faz com que os dentes sejam constantemente comprometidos. É parecido com o problema da água com limão. 
"Beber vinho em pequenos goles significa uma exposição ao ácido a cada gole", diz Van Drie. Isso não quer dizer que você deva tomar tudo de uma vez, mas beba água junto com o vinho ou coma queijo para neutralizar o ácido. 
Além disso, observe que nem todos os vinhos causam os mesmos problemas aos dentes. "O vinho branco em geral tem pH mais alto e provoca danos maiores e mais rápidos", diz Van Drie. Por outro lado, o tinto pode manchar os dentes. 

6. Exercitar-se sem proteção dental 

A atividade física faz muito bem ao corpo. Mas participar de esportes de impacto pode prejudicar os dentes se eles não forem bem protegidos. Um protetor sob medida (ajustado pelo dentista) age como almofada em torno dos dentes em caso de impactos no rosto. Ele pode ser valiosíssimo quando há risco de contato físico. 

7. Beber água mineral 

É claro que a água é uma bebida muito melhor do que refrigerantes ou sucos, mas, se você só bebe água mineral, talvez esteja desprezando uma redução de 25% no número de cáries. 
A água fluoretada da torneira é endossada por entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS). Está comprovado que o flúor reduz a ocorrência de cáries em crianças e adultos. "Quando se bebe água fluoretada, ela entra no sistema, e a saliva fica com um pequeno teor de fluoreto que beneficia constantemente os dentes", diz Swan. 
No Brasil, o Ministério da Saúde também segue as orientações da OMS. No entanto, a água da torneira pode vir contaminada com resíduos da caixa d'água e de canos mal conservados. Nesse caso, o uso de filtros domésticos para preservar a potabilidade da água é indicado e não interfere significativamente no teor de flúor presente. 
A ingestão de água fluoretada protege principalmente os idosos com superfície da raiz exposta e mais vulnerável a cáries. 

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