Espirros, nariz entupido e coriza são sintomas comuns e geralmente não sabemos diferenciar se é gripe ou rinite alérgica.
A gripe e a rinite são duas condições bastante comuns, especialmente em épocas de mudança de temperatura e aumento da poluição. Embora possam apresentar sintomas semelhantes, como coriza e congestão nasal, elas são doenças distintas e requerem tratamentos específicos.
Identificar corretamente a doença é fundamental para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações. Em caso de dúvidas ou agravamento dos sintomas, procurar orientação médica é sempre recomendado.
Diferenças entre gripe e rinite alérgica
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) esclarece que, ao contrário da gripe, a rinite alérgica não é contagiosa e não provoca febre. Entre todos os sintomas relatados, o que mais aflige quem sofre de rinite é a congestão nasal constante, que dificulta a respiração e muitas vezes leva ao uso indevido de medicamentos.
O que causa rinite alérgica e forma certa de tratamento
Variações de temperatura e ácaros podem desencadear crises de rinite alérgica. Para um tratamento eficaz, é essencial obter um diagnóstico preciso. Evitar a automedicação e consultar um especialista para identificar o tipo de rinite são passos cruciais para o sucesso do tratamento.
Melhores dicas para prevenir rinite alérgica
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) reuniu algumas dicas para evitar o surgimento da rinite alérgica.
- Faça o controle ambiental, retirando objetos que podem acumular ácaros, como cortinas e tapetes.
- Mantenha os filtros dos aparelhos de ar-condicionado sempre limpos. Se possível, limpe-os mensalmente. Evitar a exposição a temperaturas ambientes muito baixas e oscilações bruscas de temperatura. Lembrar que o ar-condicionado é seco e pode ser irritante.
- Evite o uso de vassouras e espanadores. Passar pano úmido diariamente na casa ou usar aspiradores de pó com filtros especiais 2 vezes por semana. Afastar o paciente alérgico do ambiente enquanto se faz a limpeza.
- Lave as roupas de inverno que estão guardadas antes de começar a usá-las.
- Encape colchão e travesseiro com capa impermeável
- Evite bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, caixas de papelão ou qualquer outro local onde possam ser formadas colônias de ácaros no quarto de dormir. Substitua-os por brinquedos de tecido para que possam ser lavados com frequência.
- Deixe o ambiente iluminado e bem arejado.
O especialista pode recomendar o uso de medicamentos e imunoterapia, popularmente conhecida como vacinas para alergias, como opções de tratamento, dependendo do tipo de rinite diagnosticada.
Crianças podem ter rinite?
A rinite alérgica não é transmitida de pessoa para pessoa e pode surgir em qualquer fase da vida, embora seja rara antes dos 12 meses de idade. Os sintomas típicos incluem crises de espirros, coriza clara, coceira no nariz (que pode se estender aos olhos, ouvidos e garganta) e congestão nasal.
Se ambos os pais de uma criança têm histórico de alergias, a probabilidade de ela desenvolver uma doença respiratória, como a rinite alérgica, aumenta entre 50% e 70%. Essa condição é mais frequente após os 2 anos, afetando aproximadamente 26% das crianças brasileiras. Em adolescentes, essa taxa sobe para cerca de 30%, conforme dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância).
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