Podendo ser identifica ainda durante a gravidez, a gastrosquise pode ser tratada logo após o nascimento.
Você já deve saber que o surfista e ex-bbb Pedro Scooby, compartilha em suas redes sociais a situação de Aurora, sua filha com a modelo Cintia Dicker. Desde que nasceu, a menina vem passando por alguns procedimentos cirúrgicos, mas até então fãs e admiradores não sabiam ao certo as razões. Assim, se perguntavam qual a doença da filha de Pedro Scoobby? Agora já é sabido que trata-se da gastrosquise.
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A doença pode ser identificada ainda durante a gravidez, através de uma ultrassonografia no pré-natal. Não obstante, seu tratamento pode ser iniciado logo após o nascimento da criança. Deste modo, acredita-se que é possível prevenir complicações para asaúde do bebê.
O que é gastrosquise
Em estudo publicado no Manual MSD, o pediatra William J. Cochran explica que, a gastrosquise é a protrusão das vísceras abdominais através de toda a espessura de um defeito da parede abdominal, geralmente à direita da inserção do cordão umbilical.
Ou seja, é um defeito congênito em que o neném tem um orifício na parede abdominal, geralmente perto do umbigo. Assim, o intestino, e em alguns casos outros órgãos, passam por esse orifício e ficam expostos, em contato com o líquido amniótico. Em poucas palavras, o bebê nasce com o intestino exposto.
O resultado disto é o surgimento de inflamações e/ou infecções, trazendo diversas complicações para o recém-nascido.
Como identificar a gastrosquise
Como mencionado anteriormente, a gastrosquise pode ser identificada antes do nascimento. A suspeita pode acontecer por níveis anormais de alfa fetoproteína em exames de sangue de rotina e é possível constatá-la através de uma ultrassonografia pré-natal.
Quais são as causas
Ainda não se sabe ao certo qual é a causa exata da gastrosquise. Todavia, acredita-se que algumas variáveis podem auxiliar no desenvolvimento dela. São elas:
- Uso de aspirina ou ibuprofeno ao longo da gravidez;
- Uso de descongestionantes contendo pseudoefedrina ou fenilpropanolamina na gravidez;
- Tabagismo na gestão;
- Consumo frequente ou excessivo de bebidas alcoólicas durante a gravidez;
- Infecções urinárias recorrentes ao longo da gravidez;
- Baixo índice de Massa Corporal da gestante;
- Idade da gestante inferior aos 20 anos.
Tratamento
O tratamento começa logo após o nascimento, ou melhor dizendo, no parto. Ocorre que ao nascer, as vísceras expostas devem ser imediatamente cobertas com materiais umedecidos, não aderentes (Por exemplo, gaze de petrolato medicamentosa que pode ser coberta com envoltório plástico) e estéreis. Desta forma, será mantida a esterilidade e o impedimento da evaporação.
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Adiante, o recém-nascido deve receber líquidos antibióticos IV de amplo espectro, como: Ampicilina e Gentamicina. Não obstante, é inserida uma sonda nasogástrica. Geralmente, a quantidade de líquidos é bem acima da necessária por uma neonato saudável. Isto acontece por conta da perda excessiva de líquidos do intestino exposto.
Depois desses cuidados, começa a etapa cirúrgica do tratamento. Primeiro, se faz uma avaliação de possível associação a outras anomalias e quando possível, é realizado o simples fechamento da parede.
No entanto, quando há uma grande quantidade do intestino exposta, é possível que o espaço abdominal seja muito pequeno para acomodar as vísceras do recém-nascido. Sendo assim, as vísceras são cobertas por uma bolsa ou silicone polimérico, em que o tamanho é pouco a pouco reduzido ao longo dos dias. Junto a isso, observa-se o aumento da capacidade abdominal de receber as víceras.
Vale ressaltar que, o processo pode ser lento. Na maioria das vezes ele leva várias semanas antes de a função gastrintestinal se recuperar e tranar-se possível fazer a administração alimentar por via oral.
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