A aplicação da fototerapia é indolor e confortável, apresenta baixo risco de contraindicações e o resultado é tido de forma rápida e eficaz.
Julia Monsores | 3 de Maio de 2022 às 18:00
É comum que pessoas com diabetes tenham problemas na pele, como lentidão de cicatrização e perda de sensibilidade. Isso ocorre pela ausência ou insuficiência de insulina no organismo do diabético. E na oferta de tratamentos para a cicatrização dessas feridas, a fototerapia tem sido uma aliada, apresentando ótimos resultados.
O sistema imunológico do diabético é menos funcional, o que facilita o surgimento de infecções. E por isso, as feridas para essas pessoas podem demorar meses para cicatrizar, o que causa infecções dolorosas e perigosas.
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De acordo com o gerente de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Ecco Fibras, Lucas Sousa, a fototerapia tem o papel de estimular a produção de colágeno na pele.
“Isso ocorre porque a fototerapia estimula a produção de ATP- adenosina trifosfato, molécula que funciona como fonte de energia para a realização da maioria dos processos celulares e faz com que todos os processos celulares sejam potencializados e acelerados. Entre eles está a melhora da qualidade nutricional do leito da ferida e a estimulação do fibroblasto para produção de colágeno e elastina”, afirma.
O laser e LED terapêuticos potencializam a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos). E assim, melhoram a circulação e a oxigenação da lesão.
Além disso, eles também têm relação sobre aumento da produção de fatores de crescimento, o que garante uma maior qualidade e eficiência no processo de proliferação celular.
Segundo Lucas Souza, a fototerapia também auxilia no alívio dos sintomas incômodos do diabetes.
“Podemos citar que, para diabéticos, esse tratamento é responsável pela melhora de sintomas, como dores, inchaço, dificuldades de locomoção e qualidade de vida. Ainda temos a TERAPIA ILIB, que também é indicada com intenção de atuar sobre a imunidade do paciente, melhorando a resposta local de maneira sistêmica”, avalia Sousa.
A luz vermelha é a principal para essa aplicação, visto que seus efeitos fisiológicos incluem a melhora da vascularização e oxigenação local, angiogênese, produção de colágeno, elastina e fatores de crescimento.
“Porém , dependendo da avaliação do paciente, é possível inserir também a luz infravermelha. Isso ocorre em pacientes que apresentem dores e edemas na região. Já um terceiro estágio, quando a lesão apresenta infecção, a luz azul entra como complemento, devido ao efeito bactericida e fungicida.”, explica o gerente de pesquisas da Ecco Fibras, Lucas Sousa.
De forma geral, os resultados com a fototerapia costumam ser observados após dois meses de tratamento, com 2 ou 3 aplicações semanais. Porém, dependendo da gravidade da lesão, podem ser necessários mais estímulos, por tempo mais prolongado, para fechamento completo.
“As lesões podem variar a nível de extensão e profundidade. Além de que o paciente pode ter diabetes mais leves ou grave, em tratamento ou fora de controle. Ou seja, são diversos fatores que podem interferir no tratamento”, comenta Lucas Sousa.
No caso de feridas que estão a 6 meses, 1 ano ou até mais sem melhoras, o tratamento completo com a fototerapia pode durar de 1 a 3 meses.
Uma vantagem da fototerapia é que ela é indolor e confortável, apresentando baixos riscos para o paciente. Além disso, o resultado é tido de forma mais rápida e eficaz quando comparado a outros métodos de tratamento.
Além disso, por ser um tratamento já reconhecido no mercado, o uso de laser e LED em lesões e feridas é muito confiável e aplicado dentro da rotina de profissionais especialistas em reabilitação de feridas em pacientes diabéticos.