A foliculite é uma inflamação que acontece na pele e pode ser causada por diversos fatores. Confira mais detalhes.
Yulli Dias | 21 de Novembro de 2020 às 19:00
A foliculite é uma inflamação que acontece nos folículos da pele. A aparência fica bem parecida com o formato de uma espinha, com pontas brancas e que podem coçar ou doer.
Em casos mais leves, elas se curam sozinha, mas nos mais profundos e recorrentes é necessário ter atenção e consultar um dermatologista para fazer o tratamento adequado.
A inflamação é mais comum de aparecer em locais onde se tem pelo, como rosto, virilha e cabeça, por exemplo.
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A foliculite pode ser causada por diversos fatores, como: bactérias, fungos, vírus e até mesmo uma inflamação de pelos encravados. Em cada um desses cenários, o tratamento pode ser diferente e implica em tomar remédios orais, em alguns casos.
De acordo com o site da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as causas mais comuns são:
Como dissemos anteriormente, a foliculite pode ser superficial ou não, e a verdade é que qualquer pessoa pode desenvolver a inflamação.
No geral, os sintomas em diversos cenários são bem parecidos, com o surgimento de espinhas vermelhas que podem vir com ou sem pus e coceira, além da pele avermelhada.
Os casos mais raros podem causas diversas outras complicações, como inflamações mais profundas na pele e formação de furúnculos.
Existem vários tipos de foliculites, causadas por diversos fatores.
Tipo mais comum de foliculite, aparece quando os folículos da pele inflamam por contato com bactérias, como a Staphylococcus aureus.
Nesses casos, pode aparecer pus na “espinha”, além de vermelhidão e muita coceira, podendo acontecer em qualquer região do corpo que tenha pelos.
As bactérias que dão nome à inflamação, Pseudomonas aeruginosa, surgem em ambientes aquáticos onde o pH não está bem equilibrado, como acontece em piscinas de água quente, por exemplo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a foliculite pode aparecer de oito horas a cinco dias depois da exposição, como lesões avermelhadas na pele, com bolhas de pus.
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Como o próprio nome já dá a entender, aqui a inflamação acontece nos folículos da barba, afetando principalmente homens negros, tanto no rosto quanto no pescoço.
Além disso, a foliculite também pode aparecer em outros lugares, como na virilha, por exemplo, em casos em que é feita muita depilação com cera.
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Mais comum de aparecer em adolescentes e jovens adulto, ela é causada por um fungo e pode aparecer no dorso, pescoço, ombros, braços e rosto. Esse fungo causa espinhas, coceira e áreas vermelhas na pele.
Inflamações que acontecem na região da barba, mas começam a aparecer primeiro no lábio superior, depois indo para o queixo e mandíbula. Podem ser recorrentes, surgindo do atrito com a lâmina de barbear.
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Costuma aparecer em peles de pessoas que utilizam antibióticos por longos períodos para tratar acnes. Como esses medicamentos acabam alterando o equilíbrio normal da pele, o local fica mais propício para o aparecimento dessas bactérias.
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Considerados como casos mais graves, aqui a inflamação é causada por bactérias estafilocócicas e geralmente aparece como lesões elevadas na pele que ficam vermelhas e doloridas.
Em casos mais graves, é visto pus e o aumento gradativo da lesão, até chegar ao ponto de estourar e sair secreção. Nesses casos, os locais mais propícios de se ter é atrás do pescoço, ombros costas e covas.
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Essa foliculite surge em pessoas que foram infectadas pelo vírus HIV. Nesses casos, é possível ver manchas avermelhadas e feridas com pus na pele, principalmente no rosto e braços. A causa dessa foliculite específica ainda não é conhecida.
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O tratamento vai variar de acordo com a causa e com o tipo de foliculite. Por isso, o ideal é que um médico dermatologista seja sempre consultado.
Em casos mais leves, é possível fazer tratamentos caseiros, como colocar compressas de água morna no local, fazer a higiene utilizando sabonete antisséptico e aplicar pomada anti-inflamatórias nas lesões.
Quando a foliculite já está mais enraizada, pode ser necessário o uso de antibióticos via oral, ou outros medicamentos específicos, como corticóides. Em casos muito graves, é possível que tenham que drenar o pus das inflamações.