O flexitarianismo é uma dieta à base de vegetais, mas que não corta totalmente o consumo de carne animal. Confira os benefícios dessa alimentação.
Yulli Dias | 24 de Agosto de 2020 às 09:00
O flexitarianismo, ou dieta flexitariana, vem ganhando cada vez mais popularidade, principalmente entre aqueles que querem parar, ou reduzir, o consumo de carne animal, mas não conseguem.
Derivado da junção das palavras “flexível” e “vegetarianismo”, o flexitarianismo é uma dieta que gira em torno de uma alimentação à base de vegetais.
Porém, ao contrário do vegetarianismo e veganismo, os adeptos da dieta flexitariana são mais flexíveis, como o próprio termo já explica, e não cortam completamente a carne do cardápio.
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Em uma entrevista com a nutricionista Augusta Cuper, ela explica o princípio fundamental do flexitarianismo:
“O flexitarianismo é um estilo de alimentação focado em reduzir ou minimizar o consumo de alimentos de origem animal, com isso consumindo de forma esporádica alimentos como: carne, ovos, leite.”
Por ter o foco voltado para os vegetais, essa é uma dieta extremamente rica em nutrientes como vitaminas, minerais e antioxidantes – quando feita priorizando o consumo de plantas, frutas e grãos integrais.
No entanto, como explica a nutricionista Augusta Curi, nem sempre isso é uma regra.
“A alimentação flexitariana pode ser feita excluindo os alimentos de origem animal na maior parte do tempo, porém com um consumo exagerado de ultraprocessados e baixo consumo de vegetais. Então lembre-se sempre, independentemente da sua escolha, em uma dieta onívora, vegetariana ou flexitariana, o consumo de vegetais e frutas é sempre uma prioridade.”
Na maior parte do tempo os flexitarianos devem se alimentar de leguminosas, cereais, frutas, verduras, legumes, além de consumir ocasionalmente alimentos como peixes, aves, carne bovina/suína, entre outros.
Em um cardápio sugerido pela nutricionista para os adeptos ao flexitarianismo, é possível perceber que os vegetais ricos em diversos nutrientes são essenciais na maioria das refeições ao longo do dia.
Para muitos, entrar em uma dieta à base de vegetais e que corte todo, ou a maior parte, do consumo de carnes ou alimentos de origem animal é uma questão muito maior do que apenas não gostar de comê-los.
A ética animal é um dos motivos fortes que faz muitos repensarem a alimentação, já que, de acordo com a Sociedade Brasileira Vegetariana, “os animais que consumimos, como vacas, porcos, galinhas e peixes, são seres sencientes (capazes de sofrer e experimentar contentamento) e que, portanto, merecem respeito e consideração moral”.
Outro pilar importante para muitos adeptos a essas dietas é o meio ambiente, pois a criação de animais para consumo afeta negativamente o mundo, já que colabora com diversos fenômenos, como o efeito estufa.