O flexitarianismo, ou dieta flexitariana, vem ganhando cada vez mais popularidade, principalmente entre aqueles que querem parar, ou reduzir, o consumo de carne animal, mas não conseguem.
Derivado da junção das palavras “flexível” e “vegetarianismo”, o flexitarianismo é uma dieta que gira em torno de uma alimentação à base de vegetais.
Porém, ao contrário do vegetarianismo e veganismo, os adeptos da dieta flexitariana são mais flexíveis, como o próprio termo já explica, e não cortam completamente a carne do cardápio.
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Em uma entrevista com a nutricionista Augusta Cuper, ela explica o princípio fundamental do flexitarianismo:
“O flexitarianismo é um estilo de alimentação focado em reduzir ou minimizar o consumo de alimentos de origem animal, com isso consumindo de forma esporádica alimentos como: carne, ovos, leite.”
Quais os benefícios da dieta flexitariana?
Por ter o foco voltado para os vegetais, essa é uma dieta extremamente rica em nutrientes como vitaminas, minerais e antioxidantes – quando feita priorizando o consumo de plantas, frutas e grãos integrais.
No entanto, como explica a nutricionista Augusta Curi, nem sempre isso é uma regra.
“A alimentação flexitariana pode ser feita excluindo os alimentos de origem animal na maior parte do tempo, porém com um consumo exagerado de ultraprocessados e baixo consumo de vegetais. Então lembre-se sempre, independentemente da sua escolha, em uma dieta onívora, vegetariana ou flexitariana, o consumo de vegetais e frutas é sempre uma prioridade.”
O que uma pessoa adepta ao flexitarianismo pode, ou não, comer?
Na maior parte do tempo os flexitarianos devem se alimentar de leguminosas, cereais, frutas, verduras, legumes, além de consumir ocasionalmente alimentos como peixes, aves, carne bovina/suína, entre outros.
Em um cardápio sugerido pela nutricionista para os adeptos ao flexitarianismo, é possível perceber que os vegetais ricos em diversos nutrientes são essenciais na maioria das refeições ao longo do dia.
- Café da manhã: Tapioca com homus de grão de bico + mamão com aveia;
- Almoço: Arroz integral com lentilha + salada de alface e purê de abóbora com gergelim;
- Sobremesa: Sorvete de banana;
- Lanche da tarde: Graomelete recheado com guacamole;
- Jantar: Ensopado de batata e cenoura com espinafre + grão de bico com quinoa.
Para muitos, entrar em uma dieta à base de vegetais e que corte todo, ou a maior parte, do consumo de carnes ou alimentos de origem animal é uma questão muito maior do que apenas não gostar de comê-los.
A ética animal é um dos motivos fortes que faz muitos repensarem a alimentação, já que, de acordo com a Sociedade Brasileira Vegetariana, “os animais que consumimos, como vacas, porcos, galinhas e peixes, são seres sencientes (capazes de sofrer e experimentar contentamento) e que, portanto, merecem respeito e consideração moral”.
Outro pilar importante para muitos adeptos a essas dietas é o meio ambiente, pois a criação de animais para consumo afeta negativamente o mundo, já que colabora com diversos fenômenos, como o efeito estufa.